Após decisão judicial, dez integrantes de grupo neonazista voltam a ser presos em Santa Catarina

Decisão afirma que os investigados pertencem a uma organização criminosa que promove discursos de ódio; prisões ocorreram em quatro estados

  • Por Jovem Pan
  • 25/04/2023 20h05
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Divulgação/Polícia Civil Polícia Civil prendeu oito integrantes em um sítio em novembro de 2022 Polícia Civil prendeu oito integrantes em um sítio em novembro de 2022

Dez integrantes de um grupo neonazistas voltaram a ser presos pela Polícia Civil de Santa Catarina nesta terça-feira, 25. As prisões ocorrem após um pedido do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) à Justiça catarinense. De acordo com a polícia, as prisões ocorreram em quatro estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Minas Gerais. Na decisão, o desembargador Ernani Guetten de Almeida que os dez investigados pertencem a uma organização criminosa que promove discursos de ódio. “São integrantes de organização criminosa que tem como finalidade a promoção de discursos de ódio, racismo e idolatria ao nazismo. Agem de forma organizada para alcançarem rápido crescimento e maior engajamento, inclusive rompendo as barreiras entre os Estados para tanto. E não só. Seriam, supostamente, braço de uma semelhante organização internacional, organizada hierarquicamente e que condiciona o alcance pelo grupo de posição mais elevada na organização ao cometimento de crimes de ódio com recurso à violência”.  Oito deles já haviam sido presos anteriormente e eram monitorados com tornozeleira eletrônica, na cidade de São Pedro de Alcântara, em novembro de 2022. Outros dois suspeitos foram presos no início de abril. Eles foram libertados no dia 7 de abril após um juiz alegar falta de evidência de que o grupo representasse perigo à sociedade. No entanto, o Ministério Público recorreu da decisão. “As prisões ocorreram no decorrer da última semana, em dias distintos. Alguns foram presos em casa, outros no local de trabalho e alguns se apresentaram na delegacia”, disse o delegado Arthur Lopes. Segundo o Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC), também existem evidências de que a célula seja braço de um grupo estrangeiro e que os investigados cometiam crimes de ódio. A reportagem da Jovem Pan tentou contato com o advogado dos investigados, mas as ligações não foram atendidas.

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