Após prisão, MPF bloqueia R$ 1,6 bilhão de Eike e seus filhos

  • Por Jovem Pan
  • 08/08/2019 13h49 - Atualizado em 08/08/2019 13h50
ESTADÃO CONTEÚDO Defesa do empresário disse que prisão aconteceu "sem embasamento legal"

Preso nesta quinta-feira (8) pela Polícia Federal em um novo desdobramento da Operação Lava Jato, o empresário Eike Batista terá o valor de R$ 1,6 bilhão em bens bloqueados. O congelamento, que vale não só para ele, como também para seus filhos, Thor e Olin Batista, foi pedido pelo Ministério Público Federal (MPF).

A investigação Operação Segredo de Midas apura se houve crimes de manipulação de mercado e utilização de informação privilegiada. De acordo com o órgão, entre 2010 e 2013, foram manipulados os mercados de ações e bonds de empresas como Ventana Gold Corp, Galway Resources Ltd, MMX, MPX e OGX.  O uso de informações privilegiadas foi constata em negociações com Burger King e CCX. No total, foram movimentados mais de R$ 800 milhões.

A suspeita começou com as operações Eficiência e Hashtag, que revelaram que as contas utilizadas para o pagamento de propina ao ex-governador Sérgio Cabral foram usadas para manipular ações de empresas que tinham negócios com Batista.

Além da prisão temporária de Eike, foi determinada a prisão preventiva de Luiz Arthur Andrade Correia, conhecido como Zartha, contador de Batista.

Defesa

Em nota, o advogado do empresário, Fernando Martins, informou que a prisão temporária foi decretada para que ele “fosse ouvido em sede policial sobre fatos supostamente ocorridos em 2013”, e que, segundo o advogado, se trata de uma prisão “sem embasamento legal”.

Prisão anterior

Essa não é a primeira vez que o empresário é preso. Em janeiro de 2017, ele foi detido ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim, também no Rio, depois de doleiros informarem que ele pagou US$ 16,5 milhões em propina ao ex-governador do Estado, Sérgio Cabral. Na época, a prisão também foi decretada por Bretas, desta vez na operação Eficiência, outro desdobramento da Lava Jato.

Denunciado pelos crimes de corrupção e lavagem, Eike responde ao processo em liberdade após o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), conceder habeas corpus em abril do mesmo ano. Atualmente, ele cumpria prisão domiciliar.

*Com informações da Agência Brasil

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