Após rebelião, governo do Pará convoca 642 novos agentes penitenciários

Na última segunda (29), confronto entre facções de unidade prisional deixou 57 mortos em Altamira

  • Por Jovem Pan
  • 31/07/2019 15h35 - Atualizado em 31/07/2019 16h02
DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO presidio Presídio Altamira

Após a rebelião que deixou 57 mortos em um presídio de Altamira, o governo do Pará anunciou nesta quarta (31) a convocação de 642 agentes penitenciários que estavam na lista de excedentes do último concurso realizado pelo estado.

De acordo com o governador Helder Barbalho (MDB), os novos agentes vão fortalecer o sistema prisional estadual. Segundo ele, os funcionários vão atuar com mais 485 que serão empossados no próximo sábado, totalizando 1.127 agentes que estarão trabalhando nos presídios do Pará. Os novos homens vão substituir agentes que trabalhavam em regime de contrato temporário.

Na segunda-feira (29),  uma rebelião no Centro de Recuperação Regional de Altamira, deixou 57 presos mortos. Após o conflito, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, atendeu ao pedido do governador e autorizou o envio da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária para o Pará.  A tropa deve chegar ao estado nesta tarde.

Além disso, dez líderes criminosos que estavam presos em Altamira serão transferidos para presídios federais. Mais 46 detentos vão para outros presídios estaduais.

Na noite de ontem (30), o número de mortos chegou a 62 detentos. Além dos 57 que estavam na contagem inicial, mais um corpo foi identificado pelo Instituto Médico Legal (IML) e outros quatro morreram durante a operação de transferência para Marabá.

Ao chegarem ao destino, os agentes encontraram os detentos mortos por sufocamento dentro dos caminhões-cela que faziam o transporte. O fato está em investigação, segundo o governo do estado.

Agência Brasil

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