Após reunião com Bolsonaro, Doria encontra Alckmin para debater futuro do PSDB

Depois de se reunir com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), o futuro governador de São Paulo, João Doria, almoçou com o presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, nesta quinta-feira (8), para discutir o futuro do partido. Alckmin foi derrotado na corrida pelo Palácio do Planalto e, após o primeiro turno das eleições, chegou a insinuar que Doria era “traidor”.
Os tucanos defendem posições opostas sobre participação e apoio do PSDB ao futuro governo. Alckmin é contra e Doria, a favor. Eles se encontraram em uma cantina no bairro paulistano dos Jardins, em meio a rumores de uma relação estremecida. Após a vitória estadual de Doria, o ex-presidenciável alegou falta de sinal telefônico para não ter parabenizado imediatamente o correligionário.
Mais cedo, ao lado dos governadores tucanos eleitos Eduardo Leite (RS) e Reinaldo Azambuja (MS), Doria reiterou que a legenda deve seguir apoiando Bolsonaro. Os três uniram forças para formar uma base governista dentro do PSDB. Leite chegou a defender a antecipação da Convenção Nacional do partido. Marcada para dezembro de 2019, poderia ocorrer já em maio.
Pacto de atuação e solidariedade com Bolsonaro
Ao sair de reunião com Bolsonaro, o governador eleito disse que definiu um pacto de “atuação e solidariedade” com o futuro presidente. O tucano, entretanto, ponderou que o apoio não se tratava de “fazer adesão ao governo, mas a defesa do Brasil”. Na próxima quarta-feira (14), ambos se encontrarão novamente, desta vez em Brasília.
“Colocamos aspectos importantes na pauta, como a importância de termos um governo que comece com governabilidade para ter uma gestão serena e equilibrada; boas propostas econômicas que gerem empregos e diminuam a pobreza; e estabilidade política para que investidores destravem investimentos”, disse Doria em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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