Após reunião com Toffoli e empresários, Bolsonaro sinaliza que vai vetar reajuste aos servidores
O presidente da República, Jair Bolsonaro, convocou uma reunião em cima da hora com o presidente do STF, Dias Toffoli, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e empresários para tratar de assuntos econômicos na manhã desta quinta-feira (7).
Após o encontro, na saída do STF, Bolsonaro criticou o funcionalismo público, voltou a citar números do desemprego e disse que 10 milhões de empregos formais deixaram de existir.
“Eu sigo a cartilha de Paulo Guedes na economia. Se ele acha que deve ser vetado (o reajuste de salário aos servidores pelos próximos dois anos), assim será feito. Devemos salvar a economia porque a economia é vida. Depois da UTI é o cemitério e não queremos isso.”
Ele destacou que o combate à pandemia do novo coronavírus e a recuperação da economia são “responsabilidade de todos” e por isso foi mostrar ao presidente da Corte “o que realmente está passando a atividade econômica no Brasil”.
“Aquela história de que ‘a economia deixa para lá, primeiro a vida’ não é verdade. As duas áreas tem que ser tratadas com responsabilidade”, completou.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que, embora o auxílio emergencial esteja ajudando a preservar os mais frágeis, o Brasil “está indo para a UTI” no ponto de vista de organização e engrenagem.
“Do que adianta dar meio de subsistência e daqui 30 dias apagar as luzes, desligar a comida e parar a produção? Dois anos sem reajuste no funcionalismo público são R$ 130 bilhões que poderiam ser usados em outras atividades. Então, sugeri ao presidente que vete”, disse Guedes.
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