Após tensão com Bolsonaro, Maia afirma que ‘não tem interesse no conflito’
Após uma leve tensão ocorrida entre o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e o presidente Jair Bolsonaro, nesta terça-feira (1), devido aos confrontos na Venezuela, Maia declarou que “não tem interesse no conflito” e que eles “precisam estar juntos para aprovar a nova previdência”.
A discussão, feita pelo Twitter, começou quando Bolsonaro compartilhou ontem que “a situação da Venezuela preocupa a todos” e que “qualquer hipótese será decidida exclusivamente pelo Presidente da República”. Maia retrucou, então, dizendo que “é competência exclusiva do Congresso Nacional autorizar uma declaração de guerra pelo Presidente da República”.
No entanto, nesta quarta-feira (1), Maia usou novamente a rede social para dizer que havia falado com o senador Flavio Bolsonaro, que esclareceu que a postagem do pai não indicava possibilidade de declaração de guerra, o que, segundo ele, foi “uma postura de respeito ao Parlamento”.
Deixo claro que fiz apenas uma ressalva respeitosa. Não tenho nenhum interesse no conflito com o presidente. Precisamos estar juntos pra aprovar a Nova Previdência.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) May 1, 2019
Segundo a Constituição Federal, o Brasil só pode declarar guerra a outro país com a autorização do Congresso — e fazê-lo sem esse aval é considerado crime de responsabilidade. Maia e Bolsonaro já haviam trocado farpas nas redes sociais em março sobre a reforma da Previdência, mas o presidente assegurou que a crise entre eles era “página virada”.
Crise na Venezuela
Centenas de venezuelanos tomaram as ruas de Caracas nesta terça para mostrar apoio ao presidente do parlamento e auto-proclamado presidente interino, Juan Guaidó, e aos militares que se rebelaram contra o governo de Nicolás Maduro. Guaidó anunciou que “a família militar deu o passo, uma vez por todas” para se unir à oposição.
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