Araújo vê China como modelo para relações exteriores brasileiras
O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou em artigo publicado nesta segunda-feira (7) que a política externa do Brasil está em processo de mudança para uma postura em que o País passará a falar “com a própria voz”.
No texto, publicado pela Bloomberg, ele rejeita o atual perfil “inerte” das relações brasileiras com outros governo. Segundo ele, a chancelaria recitava “a cartilha das Nações Unidas” durante governos petistas, anteriores ao de Jair Bolsonaro.
Araújo usou a China como exemplo de nação que não renuncia a uma posição altiva no cenário internacional, o que faria com que o país fosse respeitado e fizesse bons negócios. Essa questão chinesa tem sido criticada por Bolsonaro desde a campanha eleitoral.
“Por que outros países devem ser obrigados a esposar certas ideias antes de serem considerados bons parceiros comerciais?”, questionou. Para ele, a China “defende, sem pedir desculpas, seu interesse nacional e sua identidade, suas ideias sobre o mundo”.
Críticas
Enquanto Araújo está elogiando, o presidente Jair Bolsonaro tem criticado a China, a quem já chamou de “predador” com interesse em “comprar o Brasil”, em referência a aquisição de terras brasileiras por chineses.
Araújo também já havia se mostrado crítico ao país asiático em textos publicados em seu blog pessoal. Na última quinta-feira (3), o presidente chinês, Xi Jinping, enviou carta parabenizando Bolsonaro pela posse e se mostrando disposto a aprofundar relações.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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