Arcebispo de São Paulo lamenta uso de política em ato religioso

  • Por Estadão Conteúdo
  • 09/04/2018 07h29
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Paulo Pinto/Fotos Públicas Paulo Pinto/Fotos Públicas Nas redes sociais, o arcebispo de São Paulo lamentou a "instrumentalização política" da cerimônia

O cardeal dom Odilo Pedro Scherer criticou o uso político no ato religioso em homenagem à ex-primeira-dama Marisa Letícia, realizado no sábado, 7, em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo.

Nas redes sociais, o arcebispo de São Paulo lamentou a “instrumentalização política” da cerimônia, convocada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, antes de se entregar à Polícia Federal.

No Facebook, a assessoria de imprensa da Arquidiocese de São Paulo ressaltou que nem a instituição nem a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tiveram participação no ato. Além disso, a nota informou que a cerimônia aconteceu fora da jurisdição e responsabilidade do arcebispo da capital.

A assessoria esclareceu ainda que a cerimônia não foi uma missa, mas um “ato ecumênico”. Na sexta-feira, 6, o evento foi anunciado como uma missa em homenagem à ex-primeira-dama, que completaria 68 anos neste fim de semana.

O ato religioso, celebrado por Dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito de Blumenau, durou cerca de uma hora e acabou se tornando um comício. A Arquidiciocese de São Paulo informou neste domingo, 8, que se tratava de uma “iniciativa pessoal de quem promoveu o ato”.

Na cerimônia, Lula fez seu derradeiro discurso antes da prisão. “Vocês, de agora em diante, não se chamam Chiquinha ou Pedrinho, vocês todos são Lula e vão andar pelo país fazendo o que precisa ser feito”, disse o ex-presidente na ocasião.

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