“Armaram uma ratoeira para nós”, diz Aloysio Nunes sobre ataque à comitiva na Venezuela

Aloysio Nunes Ferreira

Uma comitiva de senadores da oposição do Brasil foi cercada por manifestantes em Caracas, na Venezuela, enquanto estava a caminho do presídio onde tentariam visitar Leopoldo López, preso político do Governo de Nicolás Maduro. Em entrevista ao programa Radioatividade da Jovem Pan, o senador Aloysio Nunes Ferreira, que compõe a comitiva de oito senadores, disse que foi uma clara armação: “armaram uma ratoeira para nós”.

Segundo o senador, o ataque foi bastante ameaçador. “Gritavam palavras de ordem, tacaram pedras na porta, nos vidros. Uma atitude muito ameaçadora contra nós e três senhoras venezuelanas que nos acompanhavam, esposas de presos políticos”.

O cerco foi feito após a comitiva ter de parar para encontrar um caminho até o presídio onde está o ex-prefeito de Caracas, López, uma vez que o Governo venezuelano bloqueou as vias de acesso que levam do aeroporto até o local. “Foi uma coisa armada. Eles estavam exatamente no ponto em que você sai de uma rua mais estreita do aeroporto para pegar a via expressa para o centro da cidade. Esta via expressa estava bloqueada e exatamente quando paramos, fomos cercados por esse pessoal”, relatou o senador.

Aloysio Nunes declarou ainda que os oficiais da Polícia Nacional Venezuelana que os escoltavam, colaboraram para que o incidente não degenerasse “para uma situação pior”.

O senador do PSDB disse também que transmitiu a percepção de uma emboscada ao embaixador brasileiro no país e ao ministro de Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira. “Uma coisa dessas não acontece por acaso (…) O Governo brasileiro tem o dever de falar. Isso é uma agressão injustificada. Estamos aqui em missão de paz, não estamos aqui para derrubar Governo nenhum”, finalizou.

A comitiva é formada pelos senadores Aécio Neves (PSDB), Aloysio Nunes (PSDB), Cássio Cunha Lima (PSDB), Ronaldo Caiado (DEM), Agripino Maia (DEM) e Sérgio Petecão (PSD).