Articulações fracassam e votação da MP da reforma administrativa é adiada
A dificuldade do governo de articular uma base aliada adiou a análise da Medida Provisória que garantiu a redução no número de ministérios promovida pelo presidente Jair Bolsonaro.
Na noite desta terça-feira (14), o líder do governo na Câmara, deputado Major Vitor Hugo, anunciou que havia conseguido o apoio dos líderes partidários para que a MP fosse votada e que as mudanças promovidas no texto fossem revistas já nesta semana.
A declaração fez com que as legendas de centro retirassem o apoio à MP e, diante do risco de vê-la rejeitada, o colégio de líderes decidiu adiar a votação para a próxima semana.
As críticas à postura do Major Vítor Hugo vieram inclusive de parlamentares do partido dele, o PSL. A legenda está rachada entre aqueles que defendem ceder para conseguir o apoio do centrão e os que avaliam que é melhor manter a independência no Congresso Nacional.
Dentre as mudanças feitas no texto da Medida Provisória estão a retirada do Coaf da alçada do ministério da Justiça e Segurança Pública, comandado por Sergio Moro; a recriação dos ministérios das Cidades e da Integração Nacional; e a determinação de que a demarcação de terras indígenas ficará a cargo da FUNAI e não mais do ministério da Agricultura.
A MP precisa ser aprovada pela Câmara e pelo Senado até 3 de junho senão perde a validade e a esplanada volta a ter a composição do governo do ex-presidente Michel Temer, com 29 pastas.
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