Assessor pessoal de Dilma é exonerado do cargo

  • Por Agência Estado
  • 01/02/2016 14h14
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BRA02. BRASILIA (BRASIL), 21/12/15.- La presidenta brasileña, Dilma Rousseff, habla hoy, lunes 21 de diciembre de 2015, en la ceremonia de toma de posesión del nuevo ministro de Hacienda Nelson Brabosa, en el Palacio del Planalto, Brasilia, Brasil. Rousseff afirmó hoy que la renuncia de Joaquim Levy al Ministerio de Hacienda "no altera la meta de recuperar el equilibrio fiscal", con la que está "totalmente comprometido" el nuevo ministro, Barbosa. EFE/ Adriano Machado EFE/ Adriano Machado Presidente Dilma Rousseff

Tratado como filho pela presidente Dilma Rousseff, o assessor especial da presidência da República Anderson Braga Dorneles foi exonerado do cargo a pedido nesta segunda-feira, 1. O ato foi publicado no Diário Oficial da União. Ele será substituído por Bruno Gomes Monteiro. Oficialmente, a explicação no governo é que ele irá se casar e, por isso, que voltar a morar em Porto Alegre (RS), sua cidade natal. 

Em setembro de 2015, e-mails interceptados pela força-tarefa da Polícia Federal na Operação Lava Jato mostraram que o empresário Marcelo Odebrechet, preso acusado de pagar propina em troca de contratos da Odebrechet com a Petrobras, teria entrado em contato com Dorneles e Giles Azevedo, que também é assessor da petista, na véspera de Dilma se encontrar com o presidente dominicano eleito Danilo Medina, em 9 de julho de 2012.

Nas trocas de correspondência, o empresário queria que Dilma fizesse lobby do grupo na República Dominicana. Em 5 de julho daquele ano, Odebrecht escreveu para os dois assessores: “Caros Giles e Anderson, peço o favor de entregar à presidente Dilma a nota em anexo referente ao encontro dela com o presidente da República Dominicana, que segundo fui informado, será esta segunda, 9 de julho, pela manhã. Fico à disposição para qualquer informação adicional. Obrigado e forte abraço. Marcelo.” Não há informações sobre se Dorneles respondeu a mensagem. Ele também não consta como investigado na Operação.

Chamado de “bebê” e “menino” pela presidente, Dorneles, hoje com 36 anos, tinha 13 quando conheceu Dilma. Ele era office-boy e ela, presidente da Fundação de Economia e Estatística, do Rio Grande do Sul.

Em Brasília, o fiel assessor trabalha com Dilma desde quando ela era ministra de Minas e Energia, no primeiro governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003.

No Palácio do Planalto, estão juntos desde o início do primeiro mandato, em 2011. Entre as suas funções, estava a de portar e manusear, especialmente nos fins de semana, o concorrido iPhone presidencial. Nos bastidores, era visto como a “voz” de Dilma e chegava até mesmo a dar conselhos à presidente.

Auxiliares da presidente negam que a saída de Dorneles tenha a ver com a Operação Lava Jato. Oficialmente, a Secretaria de Comunicação de Governo não quis comentar o assunto. Procurado pelo Estado na última semana, Dorneles disse que não comentaria o assunto.

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