Assessora e Freixo são ouvidos em investigação sobre morte de Marielle
A Polícia Civil do Rio de Janeiro ouve nesta terça-feira (20) a assessora de Marielle Franco, que estava no carro atacado em que a vereadora carioca e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos. A identidade da assessora é mantida em sigilo por motivos de segurança.
Será ouvido também o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio, com quem Marielle trabalhou por 10 anos antes de se tornar vereadora.
Serão ouvidos também outros parlamentares do PSOL e o objetivo é tentar descobrir possíveis motivações para a execução.
Em entrevista ao Fantástico no último domingo, a assessora de Marielle narrou que ouviu “uma rajada”, “um barulho forte, mas rápido”, e o vidro quebrando, mas não conseguiu identificar o veículo de onde saíram os disparos. Ela, que estava no banco de trás, conseguiu colocar o câmbio no ponto morto, puxar o freio de mão e parar o carro, saindo rastejando do veículo atacado. Só depois percebeu que Anderson e Marielle não estavam desmaiados, mas mortos.
No dia seguinte ao assassinato, após passar a noite com familiares e policiais, o deputado Marcelo Freixo, que também sofre ameaças por sua atuação política contra as milícias, disse em entrevista exclusiva à Jovem Pan que “ela (Marielle) foi executada, não há a menor dúvida”.
“A gente precisa saber qual a motivação e a autoria e isso precisa ser respondido porque é um crime contra a democracia”, classificou.
“Sabia que ela seria uma vereadora extraordinária, que mudaria a história política do Rio de Janeiro, mas não por esse caminho tão violento, bárbaro e inaceitável”, declarou na última quinta (15), ainda emocionado.
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