Assessoria de Lula diz que ex-presidente arca com despesas de viagens a Brasília
A assessoria de comunicação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que, desde que foi nomeado para assumir o ministério da Casa Civil, no último dia 16, o ex-presidente tem custeado de seu próprio bolso as despesas de deslocamento e hospedagem em Brasília. A assessoria de Lula destaca que ele ainda não tem status de ministro já que a nomeação foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal.
O ex-presidente chegou a usar emprestado, no passado, um jato Cessna do ex-ministro Walfrido Mares Guia. Segundo a assessoria de Lula, no entanto, o ex-presidente não fez mais uso da aeronave desde o dia 16. Apesar de Mares Guia ser livre para emprestar sua aeronave a quem preferir, ministros não podem aceitar favores dessa natureza.
“O ex-presidente e/ou o Instituto Lula são os responsáveis pelas viagens após o dia 16, deslocamento e hospedagem, não o senhor Walfrido do Mares Guias”, afirmou a assessoria de Lula. “O ex-presidente concedeu 72 palestras para dezenas de empresas de todo mundo. As informações sobre seu sigilo bancário foram quebradas em agosto do ano passado. Como ele mora no mesmo apartamento que morava antes de ser presidente, em São Bernardo do Campo, e não tem grandes gastos, pode custear seu deslocamento para ajudar o país a superar o momento de crise política e econômica”, complementou a assessoria do ex-presidente.
Pela cotação desta terça, 22, uma diária no hotel Golden Tulip, onde o ex-presidente costuma se hospedar em Brasília, custa de R$ 418, na suíte mais simples, a R$ 19 mil, na suíte presidencial. A reportagem consultou empresas de táxi aéreo. Um serviço de ida para Brasília, com volta no dia seguinte, tem um custo da ordem de R$ 40 mil.
Nesta terça, 22, o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, afirmou que o fato de Lula constar no Diário Oficial da União como ministro-chefe da Casa Civil não representa um desrespeito à decisão do Judiciário, já que Lula não está praticando nenhuma ação como ministro – Lula vem atuando como articulador “informal” do governo. A liminar sustou a eficácia. Ele não está praticando nenhum ato de direito que porventura pudesse ensejar qualquer discussão”, explicou Cardozo.
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