Associações de rádio, TV e imprensa condenam campanha de boicote contra a Jovem Pan

Entidades afirmam que ações intimidatórias não representam o caminho adequado para o aprimoramento da sociedade e defendem que a pluralidade de ideias e a liberdade de expressão são pilares fundamentais da democracia que devem ser garantidos aos meios de comunicação

  • Por Jovem Pan
  • 22/02/2023 14h21 - Atualizado em 23/02/2023 14h01
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RICARDO LISBOA/ESTADÃO CONTEÚDO Antenas de emissoras da Avenida Paulista Antenas de televisão na Avenida Paulista, em São Paulo

Associações de rádio, televisão e imprensa se manifestaram contrárias à campanha de intimidação que vem sendo propagada pelo movimento Sleeping Giants contra veículos de comunicação, como o Grupo Jovem Pan. “A Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) manifesta preocupação com as crescentes campanhas de intimidação contra veículos de comunicação promovidas pelo movimento Sleeping Giants, uma organização que afirma combater discursos de ódio e desinformação de forma anônima na internet”, informou a associação em comunicado. A Abratel afirmou ainda que “defende que o exercício do direito de informação, da pluralidade de ideias e da liberdade de expressão são pilares fundamentais da democracia e devem ser garantidos a todos os meios de comunicação social”. De acordo com a associação, as divergências devem ser mantidas no campo das ideias e dos debates, mantendo-se o imprescindível respeito às instituições e à Constituição.

Já a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) informou que “acompanha, com preocupação, as reiteradas campanhas de boicote promovidas pelo movimento Sleeping Giants Brasil contra determinados veículos de comunicação”. Por meio das redes sociais, os perfis de empresas são marcados para que deixem de anunciar em determinadas emissoras de radiodifusão, inclusive a Jovem Pan, sob pena de serem constrangidas e expostas para a sociedade até o atendimento de suas demandas. “Trata-se de inequívoca ação de intimidação que tem por finalidade o enfraquecimento econômico de veículos de comunicação, com graves repercussões e prejuízos a diversos profissionais de imprensa que exercem legitimamente a sua atividade profissional. A Abert compreende que tais ações intimidatórias não representam o caminho adequado para o aprimoramento de nossa sociedade, da liberdade de expressão e de imprensa, e do Estado Democrático de Direito”, informou em nota.

Em comunicado, a Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (Aesp) afirmou que, na sua missão institucional de defesa do setor de radiodifusão, repudia com veemência as sucessivas ações praticadas contra emissoras de rádio e televisão, incitando o ataque e boicote aos veículos de comunicação, tanto pela audiência como pelo mercado publicitário. “Tais ações trazem graves consequências, pois ferem a liberdade de expressão e de imprensa, constitucionalmente asseguradas, além de causar diversos prejuízos ao setor, aos profissionais da imprensa livre e ao ouvinte/telespectador, impactando diretamente na manifestação do pensamento, da criação, da expressão e da informação. A Aesp reitera seu compromisso com a democracia e espera que sejam observados a liberdade de imprensa e o Estado Democrático de Direito.”

Associação Paulista de Imprensa também manifestou “veemente repúdio à atuação de um grupo que se denomina Sleeping Giants, que vem atuando há algum tempo no Brasil, constrangendo empresários e empresas para que retirem patrocínios de rádios, TVs, jornais, e comunicadores, que seriam, pelo seu próprio arbítrio e entendimento, contrários à ideologia abraçada por eles, fazendo um tipo de boicote e censura pela redes sociais de diversas plataformas, sob a capa da defesa da democracia”. “Nada mais falso, pois, na democracia verdadeira, a liberdade de expressão é cláusula pétrea. É valor absoluto. Como já percebe toda a sociedade civil do nosso país, e, sem dúvida, já se aperceberam as nossas autoridades responsáveis pela República, é necessário dar-se um basta definitivo a este tipo de guerrilha midiática que, além de arruinar vidas e reputações, provoca também um desequilíbrio na própria economia do país. Instamos nossas autoridades, STF, e inclusive o Congresso Nacional, para pôr termo a este comportamento lesivo à democracia no Brasil. Encarecemos que tomem imediatamente as providências legais cabíveis para cessar este tipo de radicalismo que está minando o nosso Estado Democrático de Direito”, afirma a nota.

Comunicado do Grupo Jovem Pan

O Grupo Jovem Pan condena os ataques e reforça o seu compromisso com a liberdade de expressão. “A trajetória da Jovem Pan é marcada pelo pioneirismo e consequentemente pela coragem. Não é diferente agora. Enfrentamos de frente neste momento uma campanha realizada para desqualificar a nossa marca e nossos parceiros; um movimento inaceitável de cerceamento da liberdade de expressão. Os ataques orquestrados contra a Jovem Pan e seus clientes são uma agressão pública infundada não somente a milhões de brasileiros, que são a nossa audiência, mas também a toda a população deste país. Retirar falas de entrevistados e comentaristas de contexto e criar falsas narrativas sobre o posicionamento editorial da empresa é um método condenável, que ultrapassa limites éticos. Ameaçar empresas e seus clientes é uma tentativa inadmissível de regulação de mídia imposta de forma terrorista, chantagista e marginal a lei. Pluralidade, respeito à diversidade de opinião e à legalidade são bases dos nossos 81 anos de história. O Grupo Jovem Pan usa o trajeto inverso de seus agressores, o legal, e busca no poder público a interrupção desta campanha covarde. Seguimos adiante, produzindo conteúdo e jornalismo comprometido e sério”, informou o comunicado da Jovem Pan.

 

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