Ataque em Campinas não muda disposição do governo Bolsonaro em liberar armas, diz Onyx
O ministro da transição de governo, Onyx Lorenzoni, disse na terça-feira (11) que o ataque a tiros que terminou com cinco mortos na Catedral Metropolitana de Campinas (SP) não vai mudar a disposição do presidente eleito Jair Bolsonaro em liberar a posse de armas de fogo no País. “São coisas completamente diferentes”, afirmou.
Para o futuro chefe da Casa Civil, ex-presidentes do PT – com auxílio do MDB – desrespeitaram a vontade da população, que votou contra o desarmamento em referendo de 2005 sobre o tema. “O presidente [eleito] pretende respeitar a vontade expressa pela maioria naquele momento, o direito à legítima defesa. Vamos respeitar isso dentro da lei.”
‘O novo governo vai tornar isso recorrente’
Em rede social, a presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, senadora Gleisi Hoffmann (PR) relacionou o crime com a proposta de Bolsonaro para que cidadãos “comuns” tenham armas. Para ela, eleita deputada federal em outubro, o Brasil poderia ter esse tipo de ataques com maior frequência.
“Massacre na igreja de Campinas assusta e alerta com a possibilidade de o Brasil ter com mais frequência crimes, [no] estilo americano. Assassino sofria de depressão. Estava desempregado desde 2014. Se liberar armas e continuar incitando violência, o novo governo vai tornar isso recorrente”, escreveu a petista no Twitter.
O crime
O analista de sistemas Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos, entrou na catedral após uma missa e abriu fogo contra oito pessoas. Policiais que estavam perto do local ouviram os tiros e conseguiram balear o criminoso. Cercado, ele subiu no altar da igreja e se matou. A Polícia Civil investiga as motivações.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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