Ataque em Suzano é terceiro caso de ‘atiradores aleatórios’ em São Paulo, diz comandante da PM

  • Por Jovem Pan
  • 13/03/2019 16h09
MARCELO GONCALVES/ESTADÃO CONTEÚDO Coronel falou com a imprensa na tarde desta quarta

O comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, coronel Marcelo Vieira Salles, disse nesta quarta-feira (13) que o ataque que terminou com 10 mortos e 10 feridos em uma escola de Suzano foi o terceiro caso de “atiradores aleatórios” no estado.

Mais cedo, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25, invadiram a Escola Estadual Raul Brasil e dispararam contra diversas pessoas, utilizando uma arma de fogo, uma besta (com flechas) e uma machadinha.

“Eles eram ex-alunos e entraram com máscaras. O portão estava aberto, eles entraram pelo portão da frente e foram recebidos pela coordenadora [Marilena Ferreira Vieira Umezo, a primeira vítima morta no local]”, relatou o policial.

O Grupo de Ações Táticas Especiais [Gate, uma das tropas de elite da PM paulita] define esse atirador [como] aleatório. Só houve cinco casos assim no Brasil e três em São Paulo”, declarou Salles em entrevista coletiva. A motivação está sendo investigada.

Tiros aleatórios

Além do ataque à unidade de ensino, o comandante-geral lembrou outros dois episódios com tiros aleatórios disparados no estado. O primeiro ocorreu em 1999 na capital. Mateus da Costa Meira, então com 34 anos, invadiu uma sala de cinema do Shopping Morumbi.

No local, que tinha sessão do filme “Clube da luta”, ele abriu fogo contra a plateia. Armado com uma submetralhadora, Meira atingiu matou três pessoas e feriu outras quatro. Ele foi posteriormente condenado a 48 anos de prisão.

O terceiro caso, mais recente, aconteceu em 11 de dezembro do ano passado na Catedral Metropolitana de Campinas, no interior paulista. Um homem assistiu a missa, levantou e atirou contra fiéis, matando cinco pessoas. Ele se matou em seguida.

No país

Outros dois casos citados pelo coronel ocorreram no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. No primeiro caso, um homem invadiu salas de aula lotadas em uma escola lotada no bairro de Realengo, em 2011, matando 12 e ferindo 13 crianças. Ele se suicidou.

Contudo, o policial não se lembrou de um ataque ocorrido em 2017 dentro de um colégio em Goiânia (GO). Na ocasião, um estudante de 14 anos abriu fogo contra colegas, matou dois e feriu quatro jovens. Ele foi apreendido. Bullying foi a motivação.

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