Atentado em Campinas: arma do atirador pode ter sido roubada de praticante de tiro
A Polícia Civil revelou, nesta quinta-feira (13), algumas linhas da investigação do atentado cometido por um atirador na Catedral Metropolitana de Campinas, em São Paulo, na última terça (11). Além de investigar a motivação do crime, as autoridades tentam descobrir a origem da pistola 9 mm e do revólver calibre 38 utilizados por Euler Fernando de Grandolpho no ataque. Uma das principais hipóteses trabalha com a ideia de que elas podem ter sido roubadas de algum colecionador ou praticante de tiro esportivo.
“A família ficou surpresa em saber que ele tinha arma”, disse o delegado José Henrique Ventura, titular do Deinter da região. “Com ele dependia do pai, não teria dinheiro para comprar as armas (…). Vamos levantar todos os registros de furto e roubo de arma para saber se algum caso bate com esse”, completou.
O delegado informou ainda que será pedido à Justiça a quebra de sigilo bancário para saber se houve movimentação de dinheiro que poderia financiá-las. Outra hipótese, considerada menos provável, é de que Grandolpho tenha recebido ajuda para cometer o ataque. “Estamos investigando mas, ao que tudo indica, ele agiu como um lobo solitário”, destacou.
Ex-funcionário do Ministério Público, Grandolpho vivia recluso e não tinha porte ou posse de arma autorizado pelas Forças Armadas ou pela Polícia Federal. Tanto a pistola quanto o revólver estavam com a numeração raspada. As munições seriam antigas e o número do lote não constaria nos projéteis. “Infelizmente, não vamos conseguir rastrear pelo lote.”
O atirador portava quatro carregadores e tinha 58 balas à disposição. Ele conseguiu atirar 22 vezes antes de morrer, matando cinco pessoas. “Se a polícia não tivesse interferido, seria uma tragédia muito maior”, finalizou o delegado.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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