Áudios podem confirmar que PM estava em perseguição a suspeitos na noite das mortes em Paraisópolis

  • Por Jovem Pan
  • 18/12/2019 15h14 - Atualizado em 18/12/2019 15h20
HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO CONTEÚDO Vista de uma favela e ao lado prédios de luxo Vista aérea da favela de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo.

Áudios dos policiais envolvidos na operação em Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, na noite do dia 1º de dezembro, podem confirmar o chamado de perseguição a suspeito em uma moto. A informação é do G1.

A intervenção da Polícia Militar no baile funk da Dz7 resultou na morte de 9 nove pessoas – laudos apontam que as mortes foram causadas por pisoteamento.

Após a PM chegar até o baile, local onde os PMs afirmam que os suspeitaram adentraram, houve confusão, disparo de tiros de bala de borracha, uso de bombas de gás e, como consequência, a dispersão de um multidão de 5 mil pessoas. Os nove jovens mortos foram encontrados em um viela da favela da Paraisópolis.

Os policiais envolvidos na ação foram afastados de atividades nas ruas e cumprem serviço administrativo.

Para os investigadores do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que atuam no caso, as trocas de mensagens confirmam a versão dos policiais de que estavam perseguindo dois homens em uma moto.

Obtidas pela TV Globo, as gravações revelam que o comando de operações da Polícia Militar (Copom) recebeu o alerta de perseguição pelo rádio às 3h41 de domingo, 1º de dezembro.

“Copom, Herbert Spencer. Jogou pra cima da equipe aí”, diz o áudio. Menos de cinco minutos depois do início da perseguição, o policial faz outro alerta pelo rádio da Polícia Militar.

“Passa maiores [informações] aí, a multidão está se evadindo da viatura aí. Pela Herbert Spencer, sentido Pasquale”, diz. Os policiais ficam mais de 20 minutos sem falar com o Copom. Pelo rádio, não é possível saber o que ocorreu durante tal período.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.