Avião que caiu em Vinhedo estava operando sem alguns dados da caixa-preta
Anac teria autorizado a aeronave a voar sem o aparelho funcionando plenamente e diz que a falta de certos dados não afetarão as investigações
Segundo a Agência Nacional Civil (Anac), o avião que caiu em Vinhedo nessa sexta (9) e matou 62 pessoas voava com uma autorização temporária para não registrar todas as informações nas caixas-pretas da aeronave. A autorização foi dada para isentar a empresa de apresentar oito parâmetros de infomação que ficam gravados no equipamento e a Anac afirmou que a ausência dessas informações nao atrapalhará as investigações para saber as causas do acidente.
Os dados presentes na caixa preta, no Flight Data Recorder (gravador de dados de voo) e Cockpit Voice Recorder (gravador de voz da cabine do avião) já forom extraídos pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), braço da FAB (Força Aérea Brasileira). A empresa usa o avião desde de 2022 no Brasil e operava com autorização da Anac sem os oito parâmetros, mas a agência exigia que a operadora se adequasse em 18 meses ou até uma nova revisão tecnica.
Os parâmetros eram: 1) frequências selecionadas em Nav 1 e Nav 2 (navegadores de voo); 2) pressão do freio (sistema selecionado); 3) aplicação do pedal do freio (direito e esquerdo); 4) pressão hidráulica (cada sistema); 5) posição do comando do compensador de arfagem na cabine; 6) posição do comando do compensador de rolamento na cabine; 7) a posição do comando do compensador de direção na cabine; e 8) todas as forças de comando dos controles de voo da cabine (volante, coluna e pedais).
Segundo a empresa Voepass, a aeronava estava com todas as condições exigidas para voo e cumprindo todos requesitos necessários.
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