Ayres Britto defende o combate ao patrimonialismo: “não existe meia honestidade”
O ex-presidente do Superior Tribunal Federal (STF), Ayres Britto, acredita que a população brasileira já está colhendo os frutos da democracia proposta pela Constituição de 1988. Em declaração dada no Fórum Mitos & Fatos da Jovem Pan na manhã desta terça-feira (15), o magistrado defendeu o combate ao patrimonialismo, que engloba os atuais casos de corrupção.
“É preciso priorizar fatores que significam pontos de fragilidade estrutural na história do Brasil. Nós combateríamos incessantemente esse nome feio chamado patrimonialismo. Primeiro, a corrupção sistêmica, segundo desperdício de dinheiro público, terceiro o corporativismo. Quem está ajudando nisso é a imprensa e a cidadania”, apontou.
A liberdade de expressão garantida pela Constituição de 1988 é vista com bons olhos por Britto. Ele vê as redes sociais como verdadeiras locomotivas de demonstração dos anseios da população e que a democracia não permite ficar em cima do muro sobre a honestidade.
“Já estamos colhendo frutos importantes da democracia. No Brasil não se pode impedir a imprensa de falar sobre as coisas e nem o judiciário de falar por último. As redes sociais se tornaram locomotivas. O processo democrático é depurado por si mesmo, não há meia verdade. Não existe meia honestidade, é ou não é. A democracia não permite meio termo. É pegar ou pegar”, completou.
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