Bancada do PSL se cala sobre Bebianno e é provocada pela oposição
Com 54 deputados federais, a bancada do PSL na Câmara se calou sobre a mais recente crise do governo do presidente Jair Bolsonaro, envolvendo a liberação de verbas públicas para candidatos laranjas. O esquema teria participação de Gustavo Bebianno, que foi presidente interino da sigla e hoje está na Secretaria-Geral da Presidência da República.
Nesta quinta-feira (14), mesmo questionados por parlamentares de oposição, os filiados ao PSL não citaram o caso nem se pronunciaram em sessão da Casa. A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS) chegou a provocá-los. “Bebianno tem que vir à Câmara responder que falta de vergonha é essa com relação à verba pública, com relação a essa investigação.”
A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) disse que Bebianno teve pouca relação com a maior parte dos deputados e que não vê relação da crise com a bancada. Ela disse que é preciso esperar o desfecho do caso. Fontes disseram que também quase não houve comentários até o início desta tarde no famoso grupo de Whatsapp do partido sobre o caso.
Entenda
Hoje ministro do governo, Gustavo Bebianno foi presidente interino do Partido Social Liberal durante o período eleitoral – o titular, Luciano Bivar (PE), estava em campanha por vaga na Câmara. Nesse período, Bebianno é suspeito de autorizar repasse R$ 400 mil em recursos públicos para uma candidata laranja do partido, segundo jornal.
Com a repercussão negativa para Jair Bolsonaro, que teve alta do Hospital Albert Einstein na quarta (13), o ministro disse que teria conversado “três vezes” com o presidente. Em resposta, Carlos, filho de Bolsonaro e vereador no Rio de Janeiro, publicou áudio em rede social, revelando que o pai teria se negado a conversar com o correligionário.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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