Bancada do PT no Congresso se recusa a dialogar com Bolsonaro após discurso de posse
O novo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, responsável pela articulação política do presidente Jair Bolsonaro, propôs um “pacto” com a oposição ao militar reformado no Congresso, mas recebeu resposta negativa. Após o discurso de posse nesta terça-feira (1), o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta, disse que não haverá diálogo. “Quem quer dialogar não faz o que o Bolsonaro fez na posse ontem A posse foi um ato de hostilidade e de propagação de ódio”, cravou.
O deputado petista do Rio Grande do Sul endureceu o discurso contra o presidente alegando que o tom do discurso foi de enfrentamento. “O Bolsonaro tem que aprender primeiro que, quando ele abre a boca, tem consequência. Não adianta mandar o funcionário desfazer o que o chefe fez”, disparou.
Para o petista, o diálogo só será possível se Jair Bolsonaro “aprender a ter uma postura que não apresentou até hoje”, disse. Pimenta não foi o único petista na Câmara que se negou a conversar com o novo governo.
Carlos Zarattini, eleito por São Paulo, disse que a proposta de Lorenzoni não apaga os discursos anteriores de Bolsonaro e que o pacto estava mais para “a gente dar o pescoço e eles a corda”. Ele ressalta que Bolsonaro não se mostrou tão disposto a conversar quanto seu articulador fez parecer, “Por enquanto, o discurso de Bolsonaro não é de entendimento, é de confrontação”, concluiu.
*com informações do Estadão Conteúdo
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.