Barragem em Brumadinho tem volume de rejeitos quatro vezes menor do que a de Mariana

  • Por Jovem Pan
  • 25/01/2019 15h57 - Atualizado em 25/01/2019 19h10
Reprodução/Twitter A Barragem VI - Mina Córrego do Feijão foi construída em 1998

A barragem I no Córrego do Feijão em Brumadinho (MG), que se rompeu na tarde desta sexta-feira (25), tem volume de 12,7 milhões de metros cúbicos de rejeito de mineração, de acordo com o site da Vale. A título de comparação, o volume da barragem de Fundão, em Mariana, que se rompeu em novembro de 2015, era de 50 milhões de metros cúbicos.

As principais preocupações dos órgãos no momento, entre eles a Defesa Civil, é com resgate de vítimas e proteção de pontos de captação de água, disse o Ibama. Ainda de acordo com o Instituto, em situações de emergência, a competência primária para acompanhamento é dos órgãos licenciadores no Estado. “A competência federal, na situação, será estabelecida se o incidente ultrapassar os limites territoriais ou atingir significativamente um bem da União”, afirmou o órgão federal. O Ibama garante que continuará acompanhando o evento e prestando o apoio necessário aos órgãos públicos.

A Mina Córrego do Feijão, cujo rompimento da barragem provocou mais um acidente da mineradora Vale em Minas Gerais em menos de três anos, faz parte do Complexo de Paraopeba, que possui 13 estruturas utilizadas para disposição de rejeitos, retenção de sedimentos, regulação de vazão e captação de água.

Ao todo, o Complexo de Paraopeba produziu 26,3 milhões de toneladas de minério de ferro em 2017, cerca de 7% da produção da Vale, que no mesmo ano produziu 366,5 milhões de toneladas de minério de ferro, segundo a assessoria da empresa.

*Com Estadão Conteúdo

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