Barroso diz que não tem “obsessão” por Lula, mas defende julgamento ágil

  • Por Jovem Pan
  • 22/12/2017 12h25 - Atualizado em 22/12/2017 12h33
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Rosinei Coutinho/SCO/STF "Lula é um personagem importante da história recente, sujeito a todos os juízos políticos favoráveis e desfavoráveis que a política engendra", disse o ministro

Em entrevista ao Jornal da Manhã nesta sexta-feira (22) o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso avaliou o caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que responde a diversos processos, foi condenado na primeira instância pelo juiz Sergio Moro por suposto recebimento de propina da OAS por meio de apartamento tríplex no Guarujá e aguarda julgamento de recurso na segunda instância (no Tribunal Reginal Federal da 4ª região).

Para que seja cumprida a lei da Ficha Limpa, que impede candidatura de condenados em 2º grau, o ministro defendeu a suposta agilidade extraordinária acusada pela defesa de Lula na tramitação do caso em segunda instância. “No ano eleitoral, a Justiça ter o cuidado de não permitir que até o último momento existam incertezas, acho que é virtude”, disse. “O que se fez é correto e deverá ser feito com qualquer pessoa, seja o presidente Lula ou não”.

“No estado democrático de direito as regras valem para todo mundo”, declarou Barroso.

O ministro afirmou que não tem a “obsessão nacional que as pessoas têm pelo ex-presidente Lula”.

“Ele é um personagem importante da história recente, sujeito a todos os juízos políticos favoráveis e desfavoráveis que a política engendra, mas como cidadão e como juiz constitucional, (digo que) ele não merece ser tratado nem melhor nem pior que qualquer pessoa”, afirmou.

Ouça a entrevista completa (a parte sobre Lula está a partir dos 15’29”):

Ministro Barroso cita Aécio, Loures, Agripino e Lula : precisamos enfrentar crimes do colarinho branco

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