Base aliada não vê votação do Orçamento impositivo como derrota do governo

  • Por Jovem Pan
  • 15/04/2019 19h52
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Cleia Viana/Câmara dos Deputados Líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir comemorou a votação do Orçamento impositivo na CCJ

Os líderes do PSL e do governo na Câmara dos Deputados não viram a inversão de pauta aprovada nesta segunda-feira (15) pela Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ) como uma derrota do governo Jair Bolsonaro. Com a decisão, a CJJ irá analisar a PEC do Orçamento impositivo antes da reforma da Previdência, o que deve atrasar a aprovação da reforma.

O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), foi ao microfone da CCJ tratar a votação do Orçamento impositivo como uma vitória para o governo Bolsonaro, após o fim da orientação dos partidos sobre a votação. Apenas o Novo e o PSDB orientaram para votar não.

“Essa é uma vitória trazida por esse parlamento com concordância do PSL e do governo”, disse Waldir que chamou também de “vitória espetacular”. “Mostra a que nível chega a democracia. Mostra que nosso presidente [Bolsonaro] tem a visão de um grande diplomata”, disse.

Na sequência, deputados da oposição rechaçaram Waldir. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) disse a Waldir que a proposta é defendida pela oposição e que não caberia ao líder do PSL querer “ganhar em cima” da proposta no momento em que o governo não conseguiu retirá-lo da pauta. Já a deputada Talíria Petrone (PSOL-RJ) afirmou que a proposta “compete ao Parlamento” e não ao governo.

Líder do governo não vê derrota

O líder do governo na Câmara, major Vitor Hugo (PSL-GO), admitiu que há a possibilidade de que a proposta da reforma da Previdência só seja votada pela CCJ na próxima semana. Para ele, no entanto, a postergação da decisão não é uma derrota para o governo.

“Se tivermos que adiar para que haja consenso maior na votação, para que a gente tenha um número mais expressivo para aprovar a admissibilidade, não vai ser por causa de três ou quatro dias que a Previdência vai morrer. Não é o melhor dos mundos, mas também não é uma derrota para o governo”, disse.

Vitor Hugo afirmou que o calendário de votações estabelecido é uma “baliza” e o governo de Jair Bolsonaro está encaminhando bem a questão em comparação com governos anteriores que também se debruçaram sobre mudanças na Previdência.

*Com Estadão Conteúdo

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