Bebianno: Decisão de Lewandowski sobre reajuste salarial gera desequilíbrio

  • Por Jovem Pan
  • 20/12/2018 14h52
Agência Brasil Para o futuro chefe da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), de obrigar o governo a pagar o reajuste salarial de servidores em 2019 causa desequilíbrio, mas 'faz parte do jogo'

O futuro chefe da Secretaria-Geral, Gustavo Bebianno, afirmou nesta quinta-feira (20) que a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), de obrigar o governo a pagar o reajuste salarial de servidores em 2019 causa desequilíbrio. Para ele, no entanto, “faz parte do jogo”.

Nesta quarta-feira, às vésperas do recesso do Judiciário, o ministro do STF decidiu manter o reajuste salarial para servidores federais para o ano que vem, medida que terá um custo de R$ 4,7 bilhões para os cofres públicos. “Vamos começar já com um desequilíbrio maior por causa disso, mas faz parte do jogo, vamos mudando isso ao longo do tempo”, afirmou.

Gustavo Bebianno disse, ainda, que um dos maiores desafios do governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), será o corte de gastos e o equilíbrio das contas públicas. “Não há como manter o Brasil dentro dessa cultura de aumentos dados sem que se leve em consideração o equilíbrio das contas públicas”, disse ele a jornalistas na sede do governo de transição. “Temos certeza que o ministro Lewandowski deve saber disso.”

“Nós sabemos que a máquina estatal é muito inchada, com sobreposição de atividades, muitos processos são realizados sem preocupação com o resultado final, serviço final muitas vezes não é nem de interesse da população. Mas, ao mesmo tempo, não se pode correr o risco de paralisar a máquina pública”, disse Bebianno. Ele não detalhou como será o corte, mas disse que o desenho está sendo feito com a ajuda da consultoria Falconi.

O futuro ministro também comentou a primeira reunião de Bolsonaro com todos os ministros nomeados. Segundo ele, foram repassadas as metas do plano de governo, que é “botar o cidadão em primeiro lugar”. “A máquina pública existe em função do cidadão. Houve ali apresentação muito breve por parte de cada ministro com as principais diretrizes para cada pasta”, comentou.

*Com informações da Agêcia Estado

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