Bebianno: ‘O Brasil não pode continuar refém de partidos como PT e PSOL’

  • Por Jovem Pan
  • 01/01/2019 10h50 - Atualizado em 01/01/2019 11h07
Wilton Junior/Estadão Conteúdo Futuro ministro e braço direito de Jair Bolsonaro aposta na ligação do presidente com o povo para pressionar Câmara e Senado

Gustavo Bebianno, braço direito do presidente eleito Jair Bolsonaro, está prestes a ser empossado ministro da Secretaria-geral da Presidência. Em entrevista à bancada do Morning Show desta terça-feira (1°), ele falou sobre a expectativa do novo governo diante do parlamento – e aproveitou para deixar um recado que tem sido bastante repetido pelo capitão reformado. “O Brasil não pode continuar refém de partidos como o PT e o PSOL”, disse.

A afirmação apareceu quando foi questionado sobre a relação que a equipe manterá com a oposição. De acordo com ele, Bolsonaro sempre soube lidar com o Congresso e também com a pressão popular. “Existem as regras do jogo que precisam ser respeitadas. E sabemos também que a classe política costuma respeitar a pressão popular. A oposição, ainda que minoritária, é barulhenta. O PT e o PSOL atuam não só nos bastidores, mas formalmente. Fazem muito barulho. O que não é para interesses pessoais, eles são contra. Só pensam no partido. Estamos conscientes disso. O presidente conhece o parlamento (…). Vamos agir com força”, declarou.

Ele aposta, também, na “ligação de Bolsonaro com o povo”, fato que acredita ter sido essencial na eleição do militar. “Como característica do presidente eleito, há a comunicação muito forte com o povo. Durante seus mandatos como parlamentar, o presidente nunca perdeu o contato com a realidade do brasileiro e por isso se revelou esse fenômeno nas eleições apesar de não ter dinheiro, de ser de um partido pouco estruturado.”

Reforma da Previdência

Perguntado sobre os primeiros passos da nova gestão rumo à reforma da Previdência, o futuro ministro explicou que havia uma expectativa, em especial do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, de receber a discussão do tema em estágio mais avançado – expectativa essa que foi frustrada no fim do governo de Michel Temer.

Ele apontou que o objetivo era começar o ano com “uma sinalização efetiva de que o Brasil vai equilibrar suas contas”. Apesar disso, Bebianno garantiu que a reforma acontecerá “aos poucos, mas será integral”.

Refletiu, ainda, uma preocupação do novo governo quanto à discussão do assunto na Câmara e no Senado. “Obrigatoriamente, o assunto passa pela Câmara e Senado [que ainda não tem presidentes definidos], então, até aqui, a questão tem sido tratada de forma política. [Isso] pode nos ajudar, mas também pode atrapalhar.”

“Tenho me dedicado a outras questões não tão importantes como a previdência, mas importantes e ligadas a minha competência. O ministro Paulo Guedes tem isso como prioridade”, concluiu.

Assista a entrevista completa:

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