Belo Horizonte voltará a fechar o comércio a partir de segunda-feira
Após um mês de flexibilização, prefeitura só permitirá a abertura de serviços essenciais
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciou nesta sexta-feira (26) um recuo na flexibilização da quarentena contra a Covid-19 na cidade. A partir de segunda-feira (29), apenas os serviços essenciais vão poder funcionar.
Nesta quinta-feira (25), a capital mineira teve recorde de mortes em 24 horas, 14. Ao todo, são 118 óbitos por Covid-19 na cidade. A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 86%, o que motivou o fechamento do comércio.
“A compreensão de que nós estamos em guerra é o que faltou a muita gente”, lamentou o prefeito. “Eu nunca vi fazer churrasco em prédio em guerra. Eu nunca vi correr em guerra”, continuou, criticando as pessoas que não respeitaram o isolamento social. “Não estamos de férias. Fiquem em casa. Se houver churrasco num condomínio, denuncie, chame a polícia.”
Kalil se desculpou pelo recuo.”Estamos voltando humildemente atrás. A culpa é toda do prefeito, que está matando a economia, o comércio. Mas tem uma coisa que vou preservar até o último dia: é a vida, a coerência”, disse.
A flexibilização em Belo Horizonte começou no dia 25 de maio, com a reabertura de salões de beleza, shoppings populares e lojas de veículos. Depois, em 8 de junho, a prefeitura permitiu que o comércio em geral pudesse voltar a funcionar. A cidade ficou parada na segunda fase do plano até esta sexta.
A partir de segunda-feira, apenas hospitais, farmácias, mercados, padarias, açougues, hortifrutis, postos de combustíveis, óticas, lojas de material de construção, agências bancárias, dos Correios e lotéricas poderão abrir.
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