Belo Monte pode entrar em investigações da Lava Jato por participação de empreiteiras
Operário trabalha na construção na armação de concreto da casa de força na hidroelétrica de Belo Monte
Operário trabalha na construção na armação de concreto da casa de força na hidroelétrica de Belo MonteO Tribunal de Contas da União vai começar uma investigação sobre os recursos públicos usados na construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. A decisão foi tomada após pedido do Ministério Público para que fosse analisada a participação, na obra, de empresas investigadas na Operação Lava-Jato.
Outro problema apontado pelo ministro José Múcio Monteiro, responsável pelo processo no TCU, é o alto custo da construção da usina. Belo Monte está estimada atualmente em cerca de R$ 33 bilhões. A maior parte dos recursos viriam do BNDES – algo em torno de R$ 22 bilhões. A construção é a maior obra em andamento no país.
Segundo o ministro, a abertura da investigação na Usina Hidrelétrica de Belo Monte, não ocorreu por causa de delação referente ao processo, mas sim ao “ambiente” em que as construtoras que realizam a obra estão atualmente. Para ele, a torcida é que nenhuma irregularidade seja encontrada, uma vez que o trabalho começa do zero.
A empresa responsável pela usina é a Norte Energia, formada por fundos de pensão (Petros e Funcef) e estatais do setor elétrico (Eletrobras, Chesf, Eletronorte, Cemig e Light). Tal empresa contratou um consórcio de construtoras, denominado CCBM (Consórcio Construtor Belo Monte), que tem como líder as empreiteiras Andrade Gutierrez, Odebrecht, Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, OAS e mais cinco companhias.
As empresas citadas são alvos de investigação da Operação Lava Jato. A Odebrecht e Andrade Gutierrez tiveram seus principais dirigentes na última semana. Camargo Corrêa, Queiroz Galvão e OAS também tiveram seus executivos presos em fases anteriores da operação.
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