Beto Richa é denunciado pelo MP por corrupção passiva e fraude a licitação

  • Por Jovem Pan
  • 25/09/2018 17h17 - Atualizado em 25/09/2018 17h30
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Divulgação Ex-governador teria se envolvido em esquema de recebimento de propina e desvio de dinheiro

O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) foi denunciado oficialmente pelo Ministério Público do estado nesta terça-feira (25). O documento denuncia ele e outros doze homens de terem formado, por meio de fraudes em licitações, um esquema de recebimento de propina e desvio de valores que seriam destinados à recuperação de estradas rurais da região.

De acordo com a denúncia, por ocasião das eleições gerais de 2010, o então candidato apresentou, entre suas propostas na área de infraestrutura e logística, um projeto de implantação de “patrulhas mecanizadas” em todo o estado “com vistas à recuperação de estradas vicinais” – e o esquema se iniciou a partir daí.

Beto e Pepe, seu irmão, foram denunciados por corrupção passiva e fraude a licitação. Também foram citados Deonilson Roldo (corrupção passiva e fraude a licitação), Ezequias Moreira (corrupção passiva e fraude a licitação), Aldair Petry (corrupção passiva e fraude a licitação), Luiz Abi (corrupção passiva), Celso Frare (corrupção ativa e fraude a licitação), Joel Malucelli (corrupção ativa e fraude a licitação), Edson Casagrande (fraude a licitação e corrupção ativa), Túlio Bandeira (fraude a licitação e corrupção ativa), André Felipe Bandeira (fraude a licitação e corrupção ativa), Emerson Savanhago (fraude a licitação) e Robison Savanhago (fraude a licitação).

Sobre a prisão

Richa foi preso no último dia 11 em ação coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná. A esposa do político, Fernanda Richa, também foi presa provisoriamente. No dia seguinte, porém, Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a soltura de ambos.

Em conversa com a imprensa na saída da prisão, Richa a definiu como uma “crueldade” e disse que vai retomar candidatura ao Senado nas eleições 2018.

“O que fizeram comigo foi uma crueldade enorme, não merecia o que aconteceu, mas estou de cabeça erguida e continuo respondendo todas as acusações sem a menor dificuldade”, declarou. “Foram dias, não posso deixar de reconhecer, de extremo sofrimento, pra mim e para toda minha família, e lamento que (tenha valor) a palavra de um indivíduo, de um delator, cujo histórico de vida não demonstra nenhuma credibilidade, ao contrário, total falta de credibilidade. Aí eu pergunto: vale a palavra dele ou a minha palavra?”.

“Vou retomar minha campanha e nós podemos voltar a falar em outro momento. Vou dizer aqui com muita clareza: entrei nesse regimento como homem honrado e saio daqui como homem honrado”, completou.

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