Bio Manguinhos desenvolve teste rápido para dengue, zika e chikungunya

O exame já recebeu o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

  • Por Jovem Pan
  • 12/05/2019 09h11 - Atualizado em 12/05/2019 12h17
Folhapress Folhapress A nova tecnologia exibe o resultado em 15 minutos e pode identificar ainda se a infecção está no início ou se já se instalou há mais tempo

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio Manguinhos, da Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), desenvolveu uma nova tecnologia de testagem rápida para a dengue, zika e chikununya. O exame já recebeu o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A nova tecnologia exibe o resultado em 15 minutos e pode identificar ainda se a infecção está no início ou se já se instalou há mais tempo.

O gerente da área de desenvolvimento tecnológico em diagnóstico de Bio Manguinhos, Antônio Ferreira, contou que o trabalho de desenvolvimento do teste durou cerca de um ano e meio e chegou a um dispositivo mais preciso na identificação da dengue e da zika e ao primeiro teste rápido de chikungunya.

“Os testes que a gente vem utilizando no Brasil têm um desempenho um pouco insatisfatório pelo que se gostaria de obter. Esse teste que estamos disponibilizando agora e terminamos de conseguir o registro junto à vigilância sanitária, vem com um desempenho muito mais aprimorado”, disse.

Existem kits de testagens para cada uma das três doenças e um kit que pode verificar a presença de todas elas produzindo seis respostas, uma vez que é possível identificar se a infecção é recente ou não, pelo tipo de anticorpo encontrado na amostra de sangue. “A gente está completamente pronto para estabelecer as produções aqui e a comercialização”, afirmou ele.

O gerente conta que o Instituto Bio Manguinhos já tem os insumos necessários para a produção dos testes. A capacidade de produção pode chegar a 10 milhões de testes por ano, o que vai depender das encomendas que vierem do Ministério da Saúde.

Testes de vacina em humanos

A vacina contra o vírus chikungunya, propagado pelo mosquito aedes aegypti, já está sendo testada em humanos por pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido. O estudo foi apresentado nesta sexta-feira (10), no Rio de Janeiro, pelo infectologista mexicano Arturo Reyes-Sandoval, no Simpósio Desafios e Oportunidades na Pesquisa Clínica em Chikungunya: Produzindo Evidências para Saúde Pública.

Vinte e quatro pessoas no Reino Unido são voluntários para testar a vacina, que deve passar por uma nova rodada de testagens ao longo do ano que vem, com até 150 pessoas no México. Arturo conta que os testes realizados atualmente buscam uma dosagem eficiente para a imunização, que já demonstrou não apresentar efeitos adversos.

*Com informações da Agência Brasil

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