Bivar diz que viagem à China acontece em ‘momento inoportuno’, mas critica ‘tempestade em copo d’água’

  • Por Vitor Brown / Jovem Pan
  • 17/01/2019 17h06 - Atualizado em 17/01/2019 17h10
Valter Campanato/Agência Brasil Luciano Bivar Segundo o líder do partido, Bolsonaro ficou "surpreso" com a viagem, mas não houve nenhum tipo de mal-estar

Nesta semana, uma comitiva que inclui um grupo de deputados do PSL, sigla do presidente Jair Bolsonaro, viajou à China a convite da embaixada chinesa no Brasil. Acontece que essa viagem não foi bem recebida por alguns aliados do partido – que costumam criticar o país, liderado pelo Partido Comunista, por diferenças ideológicas. Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o líder da legenda, Luciano Bivar, minimizou a polêmica e disse que se trata apenas de uma visita de caráter pessoal da qual que nem ele nem Bolsonaro tinham conhecimento. “Não se pode fazer uma tempestade em copo d’água”, criticou.

De acordo com Bivar, cerca de dois ou três meses atrás o Partido Comunista Chinês convidou, de fato, o PSL para uma visita. Como não havia agenda disponível na época, já que o governo estava em transição, o convite foi recusado “de maneira gentil”.

“Paralelamente a isso, um empresário ligado à embaixada da China criou uma comitiva pluripartidária, com deputados do DEM, do PSL e acho que do PP, por sua conta em risco. Quando tomamos conhecimento, achei que era um momento inoportuno, que poderia ser em outra circunstância. Agora, essa tempestade toda é em cima de um copo d’água. Eles foram lá ver a possibilidade de implantar um sistema de segurança, não significa que vão apresentar nenhum projeto de lei nem influenciar qualquer coisa”, declarou.

Bivar disse ainda que Bolsonaro ficou “surpreso” com a viagem, mas ressaltou que isso não causou nenhum tipo de mal-estar. “Nem o presidente nem eu tínhamos conhecimento. Foi uma coisa à parte (…). Acho que poderiam ter nos avisado, mas, como não se tratava do partido em si, acharam dispensável. O presidente ficou surpreso, as coisas aparecem através da imprensa. Mas não se pode fazer uma tempestade em copo d’água. Esse convite do governo a um grupo de deputados é um sinal de fraternidade, amizade. A China é um país interessante, faz parte das nossa soluções, não dos nossos problemas, independente de lado ideológico. Talvez eles acharam que seria desfeita não ir. Criticar como estão fazendo, inclusive com críticas ácidas, não faz sentido para mim.”

Bivar declarou também que está tratando de assuntos pessoais nos Estados Unidos e não conversou com nenhum integrante da comitiva desde o início da viagem.

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