BNDES instaura comissão de apuração interna para avaliar operações com a JBS

  • Por Estadão Conteúdo
  • 16/05/2017 22h09
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BRA111. LAPA (BRASIL), 21/03/2017 - Vista general de la compañía del grupo cárnico JBS Seara en la ciudad de Lapa, estado de Paraná, Brasil, la cual fue inspeccionada por el ministerio de Agricultura de Brasil, Blairo Maggi, hoy martes 21 de marzo de 2017. Según la policía, varias de las principales cárnicas del país, entre ellas JBS y BRF, con la complicidad de fiscales sanitarios corruptos, "maquillaron" con productos químicos carnes que estaban en mal estado y no cumplían con los requisitos para la exportación.EFE/Joédson Alves Joédson Alves/EFE JBS - EFE

A presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos Marques, constituiu nesta terça-feira (16), uma comissão de apuração interna para avaliar todos os fatos relacionados às operações realizadas pelo sistema BNDES com a JBS, dona das marcas Friboi e Seara.

Segundo o BNDES, a decisão ocorreu “tendo em vista o inquérito em andamento na Polícia Federal e o interesse da diretoria e dos empregados do banco na apuração dos atos e fatos relacionados a essas operações”.

Na última sexta-feira, a Polícia Federal deflagrou uma operação para apurar suspeitas de fraude e corrupção em investimentos feitos pelo BNDES na JBS. No mesmo dia, os funcionários do BNDES ameaçaram cruzar os braços caso a presidente do banco não saísse publicamente, e de forma contundente, em sua defesa.

No fim da tarde da própria sexta-feira, durante teleconferência com a imprensa que tratou do resultado financeiro do banco no primeiro trimestre, Maria Silvia fez breve declaração sobre o assunto. “Temos confiança na probidade e capacidade técnica dos empregados”, afirmou.

As investigações se referem a financiamentos de R$ 8,1 bilhões concedidos pelo banco à JBS para aquisição de empresas no exterior.

Hoje, representantes da AFBNDES, associação de funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e da secional Rio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RJ) divulgaram uma nota de repúdio às conduções coercitivas feitas pela PF e pelo Ministério Público Federal (MPF) na Operação Bullish.

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