Bolsonaristas lamentam saída de Moro e cobram explicações do presidente

  • Por Jovem Pan
  • 24/04/2020 15h54
Gabriela Biló/Estadão Conteúdo Presidente e ministro lado a lado em evento público Moro acusou Bolsonaro de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal para obter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência

Bolsonaristas do Congresso Nacional lamentaram a saída de Sergio Moro do governo e cobraram explicações do presidente Jair Bolsonaro sobre as acusações levantadas pelo ex-juiz da Lava Jato. Tristeza, surpresa e até choro foram as reações após o anúncio.

Moro acusou Bolsonaro de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal para obter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência. No Congresso, integrantes da oposição usaram as declarações para cobrar a abertura de um processo de impeachment contra o chefe do Planalto. Jair Bolsonaro marcou um pronunciamento para, nas palavras dele, “restabelecer a verdade”.

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) afirmou, em entrevista à Jovem Pan, que não acredita que haja alguma chance do presidente Bolsonaro sofrer um impeachment, apesar de reconhecer que o governo enfrenta uma grande crise com a demissão.

A deputada Alê Silva (PSL-SP) relatou tristeza do Twitter e postou emojis com cara de choro. “Comungo com vocês da mesma tristeza.”

O senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ), aliado de Bolsonaro e integrante da bancada evangélica, relatou estar em choque com a demissão de Moro e cobrou explicações do presidente da República “Ele [Moro] fez referências que, se comprovadas, deixam o governo em uma situação que vai ter que se explicar. Vamos ter uma opinião depois que o presidente Bolsonaro der a entrevista, mas o choque existe, sim. A perna do discurso que fizemos na campanha é combate à corrupção.”

Outros governistas, porém, preferiram esperar o pronunciamento de Bolsonaro. “Sobre os últimos acontecimentos na política nacional, só vou me pronunciar após a fala do presidente da República”, declarou o líder do PSDB no Senado, Roberto Rocha (MA).

* Com informações do Estadão Conteúdo

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