Bolsonaro: bagagens gratuitas seriam ‘empecilho’ e não há ‘problema nenhum’ em pagar despacho

  • Por Jovem Pan
  • 18/06/2019 11h47
Alan Santos/Presidência da República Apesar de vetar gratuidade de bagagem, o presidente manteve a autorização de participação de até 100% de capital estrangeiro nas aéreas

O presidente Jair Bolsonaro (PSL), nesta terça-feira (18), que vetou a volta da gratuidade de bagagens por entender que medida seria um “empecilho” para algumas companhias aéreas. Além disso, ele disse que não vê “problema nenhum” em pagar pelo despacho da mala.

“Com todo o respeito, quer fazer uma viagem e vai usar mais, vai levar mais de 10 quilos, acho que… Se quer levar mais de 10 quilos, pague, pô, sem problema nenhum”, argumentou o presidente. Com o veto, as empresas estão autorizadas a cobrar pelas bagagens despachadas, deixando os passageiros isentos apenas das taxas para malas de mão de até 10 quilos.

Bolsonaro acrescentou que “fez as contas” para entender que a aprovação da medida traria problemas para as pequenas aéreas. “As empresas menores alegavam que seria um empecilho. Fiz uma conta pra um avião com 200 pessoas, 20 quilos a mais para cada um. É um gasto a mais. Sempre viajei sem mala no avião, então, eu estava pagando pelos outros”,  explicou, durante cerimônia de hasteamento da bandeira, no Palácio do Planalto.

A isenção da cobrança havia sido incluída por emenda parlamentar na Medida Provisória (MP) 863, que foi apresentada no governo do ex-presidente Michel Temer. O documento também autoriza a participação de até 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas brasileiras — que segue valendo, já que essa parte foi mantida por Bolsonaro.

Questionado se a cobrança de bagagens vai estimular a vinda de empresa aéreas de baixo custo para o Brasil, as chamadas “low cost”, o presidente respondeu positivamente. “Para as low cost vai valer, é o que elas queriam para vir pra cá ajudar na concorrência, que fosse vetado esse dispositivo”, comemorou.

*Com informações da Agência Brasil

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