Bolsonaro confirma que quer acabar com a Ancine: ‘Poder público não tem que se meter a fazer filme’
Presidente também defendeu a simplificação da auto escola: ‘Uma prova prática e uma teórica é suficiente’
Em transmissão semanal feita pelas redes sociais nesta quinta-feira (25), o presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer que vai “buscar a extinção da Agência Nacional do Cinema (Ancine)“. “O poder público não tem que se meter a fazer filme, o Estado vai deixar de patrocinar isso aí”, afirmou.
Mais cedo, ele publicou no Twitter que pediu para cancelar a captação de recursos públicos para um filme sobre sua própria campanha ao Planalto. O documentário teria conseguido autorização para receber R$ 530 mil da Ancine. Na semana passada, Bolsonaro havia criticado a agência pelo filme feito sobre a vida da ex-garota de programa Bruna Surfistinha.
“Critiquei o filme da Bruna Surfistinha feito com dinheiro público e hoje foi anunciada uma liberação para fazer um filme comigo. Não tenho esse poderio todo, não posso interferir diretamente [na Ancine]”, declarou. “Só não podemos concordar com alguém querer fazer filme sobre isso ou sobre político com dinheiro público.”
Ele lembrou ainda que já transferiu, por decreto, a sede da Ancine do Rio de Janeiro para Brasília “a fim de ficar de olho no pessoal”.
Bolsonaro defende a simplificação da auto escola
Bolsonaro retomou o assunto do projeto de lei para a alteração do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), que gerou polêmicas por pedir o fim da multa para quem transportar criança sem cadeirinha e a suspensão do exame toxicológico para profissionais das categorias C, D e E, por exemplo.
Ele disse que “espera que a proposta seja aprovada na Câmara dos Deputados” e defendeu a simplificação do processo para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
“Eu aprendi a dirigir na fazenda, com 10 anos. Eu diria que não tem que ter exame de nada, ter uma parte escrita apenas e vai pra prática. Uma prova prática e uma prova teórica seria o suficiente para tirar uma carteira”, assegurou.
Presidente quer ampliar legítima defesa
O presidente anunciou também que vai enviar uma proposta para garantir a retaguarda e o aumento da garantia jurídica de profissionais de segurança pública, como policiais civis, militares, federais, rodoviários e guardas municipais.
Além disso, adiantou que pretende ampliar as regras da legítima defesa. “Se você, cidadão armado, em legítima defesa de sua vida e de terceiros, da sua propriedade, você pode atirar, não interessa quantos tiros vai ser, você entra no excludente de ilicitude.” Atualmente, no Brasil, a legítima defesa defesa deve ser proporcional à gravidade da ameaça ou agressão, que é subjetiva e analisada caso a caso.
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