Bolsonaro critica imprensa e diz que vídeo convocando para manifestações é ‘de 5 anos atrás’

  • Por Jovem Pan
  • 27/02/2020 20h24 - Atualizado em 28/02/2020 09h11
GABRIELA BILÓ/ESTADÃO CONTEÚDO Presidente chamou imprensa de "podre" e disse que a mídia reproduz um "trabalho porco"

O presidente Jair Bolsonaro usou sua live semanal nas redes sociais para fazer duríssimas críticas à imprensa, em referência à reportagem que trata de um vídeo no qual ele teria estimulado as manifestações do dia 15 de março contra o Congresso Nacional e o Judiciário, e também sobre grupos de empresários que estariam dispostos a financiar caminhões de som.

Bolsonaro justificou que um dos vídeos que estava no print publicado pelo BR Político, do Estadão, era antigo, de cinco anos atrás. “Há três dias estou apanhando da mídia por um vídeo que eu mandei para poucas pessoas do meu ciclo, ministros, algumas personalidades, 60, 70 pessoas, por aí vai… Pedi sim apoio, mas para a manifestação de 15 de março de 2015, que por coincidência foi em um domingo”, afirmou.

De acordo com ele, nas imagens não há referências de que ele estaria atacando o Parlamento ou o poder Judiciário. “Protesto contra o Congresso e o Judiciário, não existe isso. Não podemos nos contaminar por essa imprensa podre”, disse. “Mais um trabalho porco que a mídia reproduziu.”

A captura de tela mostra o presidente enviando um vídeo de quase dois minutos, com imagens da bandeira do Brasil e do dia em que ele foi esfaqueado, acompanhado do texto “15 de março. Gen Heleno/Cap Bolsonaro. O Brasil é nosso, não dos políticos de sempre.” Além disso, tem outro vídeo, que não foi publicado na íntegra — este o presidente justifica que é antigo.

GLO no Ceará

Bolsonaro também lembrou que nesta sexta-feira (28) vence o período do decreto da Garantia de Lei e da Ordem (GLO) no Ceará. “A gente espera que o governador resolva o problema da Polícia Militar e bote um ponto final nesta questão. GLO não é para ficar eternamente atendendo um ou mais governadores, é uma questão emergencial”, afirmou.

Ele voltou a pedir a aprovação do projeto que institui o excludente de ilicitude para os militares que atuam nestas operações. “Caso aconteça um acidente, você [o militar] pode responder por um ato. Eu não tenho tranquilidade para atender a GLO hoje”, disse.

Bolsonaro apelou que o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), resolva o problema que é do “seu Estado”. “Negocie com a sua PM e chegue a um bom termo. Espero que o governador tenha a sua responsabilidade, se empenhe o máximo possível para que os policiais possam voltar a cumprir o seu trabalho normalmente”, finalizou.

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