Bolsonaro critica transferência do Coaf: ‘É uma ferramenta muito forte na mão do Moro’
O presidente Jair Bolsonaro criticou, em transmissão ao vivo feita pelo Facebook nesta quinta-feira (9), a decisão tomada nesta manhã que aprovou a transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o Ministério da Economia. Bolsonaro disse que “espera que o plenário mantenha [o Coaf] no Ministério da Justiça, porque é uma ferramenta muito forte na mão do [ministro] Sergio Moro para combater a corrupção, a lavagem de dinheiro e outras medidas”.
Ele comentou ainda, junto do ministro da Educação, Abraham Weintraub, o contingenciamento de 30% das verbas das universidades feito pelo MEC. Segundo o presidente, “as universidades estão preservadas e não tem esse absurdo todo”. “Nós não cortamos, só deixamos de lado para construir depois, de acordo com o andamento da economia.”
Weintraub disse que há “muitas pessoas espalhando o terror e falando coisas que não estão acontecendo”. Ele explicou que a medida foi tomada devido a situação econômica do Brasil e que o congelamento dos gastos foi feito em vários ministérios, não somente no da Educação. O ministro salientou que não trata-se de um corte, mas sim de uma decisão provisória, que irá durar aproximadamente até setembro.
“Não estamos mandando ninguém embora, os salários estão sendo preservados, todos estão recebendo em dia. Só estamos pedindo para segurar para até depois de setembro”, ressaltou.
Viagem para Dallas
Bolsonaro falou também sobre a decisão de ir para Dallas, nos Estados Unidos, para receber o prêmio de Personalidade do Ano da Câmara de Comércio Brasil-EUA e realizar alguns encontros, como com o ex-presidente George W. Bush e o senador Ted Cruz. De acordo com ele, a agenda será a mesma que cumpriria em Nova York, destino que desistiu após as críticas que recebeu do prefeito da cidade, Bill de Blasio.
“Já que o prefeito não quer a nossa presença, eu respeito o interesse deles”, declarou.
Porte de armas
Sobre o decreto que aprovou flexibilizando o porte de arma de fogo e o acesso a outras categorias, Bolsonaro assegurou que não foi e nem será liberada a caça no Brasil. Ele explicou novamente as mudanças que serão feitas com a aprovação da medida, como o aumento do limite de compra de munição de 50 para mil cartuchos e a legalidade do porte para os residentes da área rural em todo o perímetro da propriedade.
O presidente deixou claro ainda que o porte vale para todas as armas e voltou a dizer que o governo foi “no limite da lei”, além de desmentir que estendeu-o para dezenas de categorias. “Talvez até falte algumas”, afirmou.
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