Bolsonaro defende veto à gratuidade das bagagens: ‘Vou levar pancada de qualquer maneira’

  • Por Jovem Pan
  • 22/06/2019 17h22
Pixabay Mala de viagem "Vou levar pancada de qualquer maneira, como a questão da bagagem acima de 10 quilos", disse Bolsonaro

Bolsonaro defendeu, neste sábado (22),  o veto em relação à gratuidade das bagagens em voos domésticos, ocorrido nesta semana. O presidente sancionou a abertura de 100% do capital para as empresas aéreas estrangeiras, mas impediu a gratuidade nas bagagens.

O presidente afirmou a jornalistas que a função de presidente possui “ônus e bônus”. “Vou levar pancada de qualquer maneira, como a questão da bagagem acima de 10 quilos”, disse Bolsonaro. “Tem que pagar. E alguns ficam revoltados com isso.” O presidente afirmou que as companhias aéreas low cost (custo baixo) entenderam o veto como um sinal positivo para vir para o Brasil.

Ao mesmo tempo, Bolsonaro criticou os preços das passagens aéreas de modo geral. “Você não pode fazer uma perna (de viagem) daqui (Brasília) para o Rio de vez quando, para São Paulo, (e pagar) R$ 2 mil”, disse. “Você compra com antecedência e paga R$ 300 muitas vezes. (Existe) muita coisa complicada no Brasil, né?”, acrescentou, em relação às diferentes de preços em passagens.

Bolsonaro citou ainda mudanças ocorridas ao longo dos anos no setor de aviação. “Eu cheguei aqui (em Brasília) em 91, e tinha jornais de graça dentro do avião”, afirmou. “Até pouco tempo (atrás) você tinha almoço, café, lanche. Você passou a pagar”, descreveu Bolsonaro. “É justo quem não come nada no avião pagar por quem está comendo? Porque está tudo na passagem”, pontuou.

O presidente afirmou ainda que, caso as companhias comecem a ter prejuízos, elas passam a elevar os preços das passagens. “O pessoal não vai manter o preço, porque na lei diz que você tem que isentar (de cobrança) até 23 quilos. O cara aumenta a passagem”, disse.

Questionado por jornalistas se pretendia mandar ao Congresso algum projeto de lei para evitar a discrepância de preços no setor, Bolsonaro negou. “Não, não, você não pode interferir no mercado dessa maneira.”

*Com Estadão Conteúdo

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