Bolsonaro: Diretor-geral da PF é subordinado a mim, não a Moro

  • Por Jovem Pan
  • 22/08/2019 11h28 - Atualizado em 22/08/2019 11h29
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Marcos Corrêa/PR Presidente diz que está na lei que as indicações devem ser feitas por ele

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) voltou a dizer, nesta quinta-feira (22), que é sua atribuição indicar o diretor-geral da Polícia Federal (PF). De acordo com ele, “está bem claro na lei” que o cargo é de sua alçada, e não do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

Bolsonaro também não descartou a possibilidade de eventualmente trocar o chefe da PF. “Se eu trocar [o diretor-geral da PF] hoje, qual o problema? Está na lei que eu que indico e não o Sergio Moro. E ponto final. Ele [Maurício Valeixo, atualmente no cargo] é subordinado a mim, não ao ministro. Deixo bem claro isso aí. Eu é que indico. Está bem claro na lei”, declarou.

Na quarta-feira (21), ele afirmou ser um mandatário que pode “interferir mesmo” em alguns órgãos federais se for preciso.  “Se for para ser um banana, um poste, estou fora”, ressaltou.

Questionado se há, de fato, intenção de tirar Valeixo do cargo, o presidente respondeu que, se o fizer, será “na hora certa”. “Hoje eu não sei. Tudo pode acontecer na política. Quero que se combata a corrupção, que façam as coisas da melhor maneira possível. Eu não estou acusando ninguém de fazer nada errado. Mas a indicação é minha. Por isso elegeram o presidente da República. Se não pudesse ter ingerência, interferência – para mim é mudança -, seria mantido o anterior, o cara que foi nomeado antes iria ficar até morrer”, ressaltou.

“Se é para a não interferência, o diretor anterior, que é o que estava lá com o [ex-presidente Michel] Temer, tinha que ser mantido. Ou a PF agora é algo independente? A PF orgulha a todos nós, e a renovação é salutar, é saudável. O Valeixo pode querer sair hoje. Não depende da vontade dele”, reforçou Bolsonaro.

*Com Estadão Conteúdo

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