Bolsonaro diz que Brasil tem que deter estrangeiros interessados em explorar a Amazônia
O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer, nesta quinta-feira (26), que muitos estrangeiros estão interessados em explorar a Amazônia devido à biodiversidade e aos recursos naturais. “Tem muita gente de olho. Precisamos buscar maneiras para deter essas pessoas, identificá-las, ver se estão de forma legal no Brasil e detê-las”, defendeu Bolsonaro.
Nesta noite, a live transmitida pelas redes sociais contou com a presença da indígena Ysani Kalapalo. Ela integrou a comitiva de Bolsonaro na viagem para Nova York, onde ele defendeu na Assembleia Geral da ONU a política ambiental e indígena do governo.
Ysani concordou com a fala do presidente e afirmou que “muitos gringos querem patentear as medicinas indígenas”. “Já recebi propostas de um gringo, não vou dizer o nome, perguntando se a gente podia vender um espaço de terra para eles poderem explorar à vontade. O Brasil é nosso, e a Amazônia é dos brasileiros”, defendeu.
Queimadas
Ao falar sobre as queimadas, Bolsonaro afirmou que “não queria botar a culpa em ninguém”, mas disse que no Brasil “têm muita gente que por cultura e tradição coloca fogo no seu roçado, para poder plantar”. Ysani, por sua vez, ressaltou que “na sua terra isso é o que mais tem” e que muitas vezes os índios colocam a culpa em outras pessoas. “É mais fácil culpar os brancos”.
De acordo com ela, os indígenas do País querem o progresso e fazer com que o Brasil cresça. “Muitos não-indígenas não conhecem nada da nossa realidade. Leem esses livros que ambientalista escreve e acabam ficando com aquela ideologia do índio romantizado, o índio do século passado, não falam do índio do século 21”, esclareceu.
Bolsonaro declarou que o governo quer os índios ao seu lado – “são nossos irmãos” -, contudo deixou claro que “não vai aceitar aumentar o número de terras demarcadas”. “No meu governo não vai passar. Não é que eu sou contra os índios, mas tem que ter racionalidade”.
Encontro com Trump
Sobre a Assembleia da ONU, o presidente lamentou que não tenha conseguido “fazer tudo o que queria”, pois desejava ter participado de mais encontros bilaterais. Ele comentou sobre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. “Tive dois encontros rápidos e muito proveitosos com o Trump. Brasil está perfeitamente alinhado com os EUA”, concluiu.
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