Bolsonaro diz que Câmara irá ‘reverter situação’ de decreto sobre porte de armas

  • Por Jovem Pan
  • 20/06/2019 19h56 - Atualizado em 20/06/2019 20h10
Isac Nóbrega/PR Derrota de Bolsonaro com a medida foi imposta pelos senadores na terça (18), que aprovaram o parecer da CCJ pela derrubada do texto

O presidente Jair Bolsonaro pediu que a Câmara não aprove o parecer da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) que derruba o decreto de porte de armas assinado por ele em maio. Na fala, feita nesta quinta-feira (20) durante transmissão ao vivo nas redes sociais, ele afirmou acreditar que os deputados irão “reverter essa situação”.

“O Senado há poucos dias deu cartão vermelho ao decreto das armas, mas eu acredito que a Câmara vai reverter essa situação”, disse, aconselhando a população a pressionar os parlamentares. “Procure o seu deputado federal, porque eu estou dando esse direito a você via decreto, legalmente.”

A derrota de Bolsonaro com a medida foi imposta pelos senadores na terça (18), que aprovaram o parecer da CCJ por 47 votos contra 28. O texto segue para a Câmara, que pode derrubar a medida em definitivo.

O decreto altera o Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826, de 2003), concedendo porte a 20 categorias profissionais e aumentando de 50 para 5 mil o número de munições que o proprietário de arma de fogo poderia comprar anualmente. “Eu fiz esse aumento, sim. Qual o problema? Nenhum”, disse Bolsonaro na live. “Minha intenção é dar o direito de legítima defesa a você, que mora no interior e tem sua propriedade privada.”

Na transmissão, em que o presidente costuma revisar os principais assuntos da semana, ele ainda falou brevemente sobre a demissão de Joaquim Levy da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. Levy, que havia sido ministro da Fazenda no governo Dilma, deixou o cargo no último domingo (16).

“Não estávamos tendo transparência no BNDES”, disse Bolsonaro, elogiando o novo presidente do banco, Gustavo Montezano. “É a primeira vez que um economista vai assumir esse cargo. O BNDES vai voltar a funcionar.”

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.