Bolsonaro sobre Macron: ‘Ele é de esquerda, eu sou de centro-direita’

  • Por Jovem Pan
  • 28/08/2019 16h49
Agência EFE O presidente Jair Bolsonaro se reuniu nesta sexta-feira (28) com o presidente francês, Emmanuel Macron, durante a cúpula do G20 no Japão Presidentes trocam críticas desde a última semana, quando foram divulgadas as primeiras notícias sobre os incêndios na Amazônia

O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira (28), que “as inverdades” ditas pelo presidente da França, Emmanuel Macron, “ganharam força porque ele é de esquerda e eu sou de centro-direita”. Ambos trocam críticas desde a última semana, quando foram divulgadas as primeiras notícias sobre os incêndios na Amazônia.

“Deixo bem claro isso aí pra vocês. Sabe-se que ele [Macron] é de esquerda até pelo seu comportamento”, disse, após reunião com o presidente do Chile, Sebastian Piñera.

Macron é fundador e integrante do partido político social-liberal “Em Marcha!”, fundado em abril de 2016. Ele considera a legenda um “movimento progressista e economicamente reformista”, que “visa a diminuição de impostos, a desregulamentação do setor produtivo e a promoção de um ambiente amigável ao empreendedorismo”.

O movimento conta com figuras tradicionais da ala direita e esquerda conservadora, entre eles o ex-membro do “Parti Socialiste”, Manuel Valls, conhecido por tecer críticas ao “islamismo político e seus cúmplices de esquerdas”.

Críticas à Alemanha e França

Bolsonaro acusou, ainda, o presidente francês de se “aproveitar da situação [incêndios na Amazônia] para se capitalizar diante do mundo como a pessoa única e exclusiva interessada em defender o meio ambiente”.

Ele acusa os presidentes de países como Alemanha e França de estarem mentindo sobre as queimadas. Macron, por exemplo, utilizou uma foto antiga para se referir aos incêndios recentes ocorridos no local, o que foi criticado por Bolsonaro. “Essa bandeira não é dele, nem nossa, mas é do Chile e de muitos outros países do mundo”, declarou.

Segundo ele, a Alemanha e a França estão tentando “comprar a soberania brasileira a prestação”. “20 milhões de dólares parece que é o nosso preço, o Brasil não tem preço. Qualquer ajuda bilateral podemos aceitar”, afirmou, referindo-se ao auxílio oferecido pelos países do G7 de US$ 20 milhões, equivalente a R$ 83 milhões, para ajudar a controlar as queimadas.

Bolsonaro voltou a dizer, também, que “somente após Macron se retratar à ele e ao povo brasileiro que eles voltarão a conversar”.

Confira a entrevista:

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