Bolsonaro libera órgãos de controle a acessar dados de repasses de dinheiro público

  • Por Jovem Pan
  • 25/04/2019 20h22 - Atualizado em 25/04/2019 20h32
Reprodução/Facebook Transmissão também contou com Abraham Weintraub, André Luiz de Almeida Mendonça e Major Vitor Hugo

O presidente Jair Bolsonaro assinou, na noite desta quinta-feira (25), em transmissão ao vivo feita na sua página do Facebook, um parecer da Advocacia-Geral da União que libera o acesso dos órgãos de controle – como Polícia Federal, tribunais de conta, Controladoria-Geral da União e Ministério Público – às informações dos repasses de dinheiro público feitos pelas instituições. O advogado-geral da União do Brasil, André Luiz de Almeida Mendonça, estava ao lado de Bolsonaro, e disse que esse parecer tem “o viés de mudar a corrupção”.

“Não pode mais ter aquela história de ‘isso não pode’. Tudo aquilo que vinha acontecendo de ilegal, por baixo dos panos, agora teremos como identificar porque e para quem está indo”, explicou. Segundo ele, se uma quantia for repassada, por exemplo, para o BNDES, o banco não poderá negar o acesso aos dados por sigilo bancário.

Sobre a polêmica com o filho Carlos, devido às críticas que o vereador tem feito diariamente ao vice Hamilton Mourão, Bolsonaro disse, novamente, que está tudo bem. “Problema nenhum com o Carlos, ele pode expor suas ideais onde quiser, como qualquer outra pessoa”, afirmou. Desmentiu, ainda, o boato de que teria ficado ausente do Twitter por três dias porque Carlos teria negado o seu acesso às redes sociais. “Até pouco tempo só diziam que eu tinha que sair do Twitter e governar, agora querem que eu volte?”, perguntou.

O presidente comentou, também, o fato ocorrido com a garota Yasmin, que ficou conhecida após aparecer em um vídeo supostamente negando-se a cumprimentá-lo. Ele explicou que perguntou se ela torcia para o Palmeiras, e ela balançou a cabeça dizendo que não.

“Ela sofreu muito, porque muita gente acusou ela de mal-educada por não me cumprimentar, e outros não gostaram porque o pai dela disse publicamente que votou em mim. Então, nessa confusão toda sobrou pra menina de oito anos de idade”, declarou, completando que Yasmin não tem nem ido à escola por causa das represálias.

Bolsonaro recebeu Yasmin nesta quinta-feira (25), junto dos pais e uma advogada, e disse que, neste sábado (27), visitará a família dela novamente.”O objetivo é desmentir essa história, buscar uma maneira que ela se sinta feliz e volte a frequentar a sala de aula”, concluiu.

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