Bolsonaro critica relações trabalhistas do Mais Médicos: ‘Trabalho escravo’
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) afirmou nesta quarta-feira (14) que o ritmo do programa Mais Médicos é “de trabalho escravo”. Em entrevista coletiva, ele também afirmou que “foi unilateral” a decisão de Cuba de encerrar o envio de profissionais de saúde ao Brasil.
“Eu fui contra [a implantação do programa], porque afeta relações trabalhistas e questões humanitárias e 70% do salário deles é confiscado pela ditadura cubana. Não vou convidá-los [a permanecer no país] e nunca faria um acordo nesses termos. Isso é trabalho escravo.”
Bolsonaro ainda reafirmou que condicionou o futuro do Mais Médicos a uma “prova” de competência dos novos profissionais, o que não foi acatado pelo governo cubano. “Não temos qualquer comprovação de que eles sejam médicos”, declarou. “Formamos 20 mil médicos por ano e podemos suprir o programa com eles.”
O presidente eleito firmou também que há “relatos de barbaridades cometidas” por profissionais de Cuba e que “a decisão [de retirar médicos do Brasil] foi unilateral por parte da ditadura cubana”.
As declarações aconteceram durante anúncio do diplomata Ernesto Araújo como ministro das Relações Exteriores.
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