Bolsonaro: Moro ainda é ‘ingênuo’, mas Guedes também era assim e está aprendendo

  • Por Jovem Pan
  • 31/08/2019 18h03 - Atualizado em 31/08/2019 18h15
Carolina Antunes/PR Sergio Moro aperta mão de Jair Bolsonaro O agora ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o presidente da República, Jair Bolsonaro

O presidente da República, Jair Bolsonaro, disse neste sábado (31) que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, ainda “é ingênuo” e que “falta malícia” ao ex-juiz federal, durante participação em um churrasco no quartel-general do Exército, em Brasília. “O Paulo Guedes (Economia) também era assim, mas ele está aprendendo”.

Pouco depois de entrar, o presidente mandou os seguranças convidarem um grupo de jornalistas e motoristas da imprensa que o esperavam na porta para participar do evento e conversou por mais ou menos uma hora e meia com seis jornalistas.

Moro no STF

O presidente da República, Jair Bolsonaro, voltou a colocar em dúvida a possibilidade de indicar o ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), e acenou para outro auxiliar cotado, o advogado-geral da União, André Mendonça. Até o fim de seu mandato, o presidente terá ao menos duas vagas na Corte para preencher.

“Não existe nenhum compromisso meu com Moro”, afirmou o presidente. “Tem que ver. Como o Senado avaliaria ele hoje?”, questionou.

Enquanto diz não ter compromisso em indicar Moro ao STF, Bolsonaro tem dito que pretende reservar uma das vagas a alguém “terrivelmente evangélico”.

Questionado durante o almoço se este nome seria o do AGU, André Mendonça, que é reverendo da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília, o presidente disse que o auxiliar é “terrivelmente supremável”.

Outro nome sempre lembrado para a vaga é o do juiz Marcelo Bretas, responsável pela Lava Jato no Rio, que também é evangélico. A indicação de ministros do Supremo é uma atribuição do presidente da República, que depois precisa ser aprovada pelo Senado, após uma sabatina.

O primeiro ministro do Supremo que deve deixar a corte é o decano Celso de Mello, que completa 75 anos – a idade de aposentadoria obrigatória – em novembro de 2020. A segunda vaga no STF deve ficar disponível com a aposentadoria de Marco Aurélio Mello, em julho de 2021.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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