Bolsonaro não garante seguir lista tríplice para sucessão da Procuradoria-Geral da República

Dida Sampaio/Estadão Conteúdo Em visita à PGR, Bolsonaro prestou continência a Raquel Dodge, que o denunciou ao Supremo

O presidente eleito Jair Bolsonaro não garantiu que vá respeitar a lista tríplice do Ministério Público com indicações para a escolha do próximo procurador-geral da República (PGR). Nesta terça-feira, ele visitou a atual ocupante do cargo, Raquel Dodge, e disse que a sucessão é tema para 2019.

“Isso aí [a lista tríplice] a gente conversa em setembro do ano que vem. Mas, a princípio, a gente vai seguir todas as normas legais existentes.” A indicação pelo presidente é livre, segundo a lei, mas os últimos governos têm respeitado eleição interna do MP e indicado um dos três mais votados.

A expectativa é de que Raquel Dodge não seja reconduzida ao cargo, devido a embates com o futuro presidente, com quem ficou mais de uma hora reunida nesta terça. Dodge denunciou criminalmente Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF) e foi criticada por aliados.

Ao sair do gabinete da PGR, Bolsonaro disse ter “profundo respeito” por ela. “Uma conversa bastante profícua. Estamos prontos para colaborar para com o futuro de nosso Brasil. O MP é muito importante nesse trabalho de fiscal da lei”, comentou o novo chefe de Estado.

*Com informações do Estadão Conteúdo