Bolsonaro: ‘Não interfiro em muita coisa, apenas dou sugestões’
O presidente Jair Bolsonaro assinou nesta terça-feira (30) a Medida Provisória da Liberdade Econômica, que visa desburocratizar as atividades econômicas no Brasil.
Em pronunciamento durante o evento, em Brasília, Bolsonaro comentou a fala na Agrishow nesta segunda-feira (29) e reforçou que o pedido ao presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, para que a instituição financeira reduzisse os juros dos empréstimos cobrados do setor agropecuário não foi uma ordem. “Não tenho poder de interferir em muita coisa, e não quero, apenas dou sugestões. Cada um cumpre se achar que deve cumprir”, afirmou.
Bolsonaro reclamou da repercussão do assunto e disse que esqueceu de complementar o pedido. “Não posso esquecer nada, tenho que ser mais do que perfeito, tenho que ser sublime”, ironizou. O presidente afirmou que a taxa de juros, levando-se em conta a taxa Selic, está defasada. “Se o juros está muito alto, você não vai pegar na Caixa Econômica, nem em banco nenhum, você vai aplicar no mercado”, disse.
MP da Liberdade Econômica
Ainda no discurso, Jair Bolsonaro comentou a MP da Liberdade Econômica. “O meu linguajar de ‘tirar o Estado do cangote’ foi traduzido agora com essa medida provisória”, comemorou. Ele disse que a medida vai ajudar o empreendedor. “Hoje em dia, para você colocar uma pessoa para trabalhar na sua casa, você fica preocupado. É uma legislação um tanto quanto complexa que prejudica quem quer empreender”, afirmou.
Antecipando o discurso que fará nesta quarta-feira (1), em virtude do Dia do Trabalho, o presidente disse acreditar que o Brasil tem mais de 12 milhões de desempregados, discordando dos números do IBGE. “Se fala em 12 milhões de desempregados, eu acho que é muito mais do que isso. Desculpa, IBGE, mas acho que é muito mais do que isso, e não vou polemizar”, declarou.
Bolsonaro também demonstrou preocupação com o futuro do trabalho no país. “Como está a formação do nosso homem e mulher do futuro? O que as escolas técnicas e as faculdades têm feito para que realmente nós possamos ter mercado de trabalho para essa quantidade enorme de pessoas no Brasil?”, questionou o presidente.
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