Bolsonaro pede que Câmara aprove liberação de recursos para segurança

  • Por Jovem Pan
  • 14/11/2018 14h02 - Atualizado em 14/11/2018 14h20
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Rafael Carvalho/Governo de Transição Rodrigo Maia visita Bolsonaro em Brasília na manhã deste sábado

O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira, 14, em entrevista à TV Record, que conta com o apoio do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para aprovar uma medida provisória que repassa recursos das loterias para a área da segurança pública. “É um pedido do Moro e está pra se expirar (a MP). Se não for aprovada agora, o Moro começa sem recurso ano que vem”, disse, citando o futuro ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro.

Na entrevista, Bolsonaro disse também que avisou Rodrigo Maia que não vai influenciar a escolha das Mesas Diretoras do Congresso em fevereiro. Os dois se reuniram pela manhã no escritório de transição de governo em Brasília. “Rodrigo tem seus interesses, eu tenho os meus. Nós não vamos interferir nas eleições para a mesa como um todo, até porque não nos reunimos com a bancada. Esse é o recado que vou por para Maia. Existem outros candidatos também, muito bons, se lançando”, disse Bolsonaro. “Vamos esperar a bancada, afinal de contas o presidente não pode se envolver diretamente nessa questão. Isso não é bom para o Brasil.”

Também nesta quarta, o presidente eleito participou de um encontro com governadores que tomarão posse em janeiro. Disse que alguns estados estão em situação fiscal crítica e que serão necessárias “reformas amargas”.

“Algumas medidas são um pouco amargas, mas nós não podemos tangenciar com a possibilidade de nos transformarmos naquilo que a Grécia passou, por exemplo”, declarou Bolsonaro, para quem a Câmara, o Senado e os governadores têm “perfeita noção” do que precisa ser feito.

Bolsonaro recebeu uma carta de governadores eleitos do Nordeste pedindo melhorias nos regimes próprios de Previdência dos estados. Ele admitiu que o País começará o próximo ano com problemas e que soluções precisam ser apresentadas. O presidente eleito prometeu fazer um estudo “minucioso” da carta o oferecer uma solução rápida para os itens apresentados no documento.

O futuro presidente prometeu esforços independentemente de partidos políticos. “A partir deste momento não existe mais partido, nosso partido é o Brasil”, declarou, sendo aplaudido na sequência.

Com informações do Estadão Conteúdo

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