Bolsonaro pediu que Onyx conversasse com Maia sobre situação de policiais na Previdência
Diante das polêmicas com os policiais civis e federais, que pedem os mesmos benefícios dos militares na reforma da Previdência, o porta-voz do presidente Jair Bolsonaro, Otávio Rêgo Barros, afirmou nesta quarta-feira (3) que o presidente solicitou ao ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que conversasse com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, para “expor a percepção do governo sobre a nova Previdência”.
Segundo Rêgo Barros, o presidente sempre defendeu “especificidades das forças de segurança pública, como (…) das Forças Armadas” e é um “defensor do atendimento das necessidades” dessas categorias. “Ele entende as especificidades e busca adequar e adaptar-se ao que será advindo da reforma”, completou.
Mais cedo, o presidente declarou aos policiais militares presentes no evento em que compareceu que “a reforma da Previdência atenderá a todos”. “Fiquem tranquilos, meus colegas das forças auxiliares, o sacrifício tem de ser dividido por todos”, afirmou.
Porém, as regras de aposentadoria de policiais militares não serão tratadas neste momento da reforma da Previdência, porque são equiparadas às dos militares das Forças Armadas, discutidas em outro projeto.
O impasse agora envolve policiais federais, civis e rodoviários federais. Parte da bancada de policiais do PSL na Câmara tem ameaçado não votar a reforma caso as demandas desses grupos não sejam atendidas. Os parlamentares ligados ao setor de segurança pública querem regras mais brandas de aposentadoria para a categoria do que as previstas atualmente no parecer da proposta.
Protesto
Policiais Civis e Federais protestaram, nesta terça-feira (2) em Brasília pedindo os mesmos benefícios dos militares. A manifestação aconteceu dentro e fora do Congresso e foi organizada pela União dos Policiais do Brasil.
Entre outros pontos, a categoria defende uma regra de transição mais amena. Os policiais também não querem ter uma idade mínima para a aposentadoria, benefício que, pela proposta, está assegurado aos militares.
Durante o protesto, os agentes chegaram a gritar palavras de ordem contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Bolsonaro traidor, Bolsonaro traidor!”.
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